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Quando subiram ao palco do Fórum Ambição 2030, promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil essa semana em nome da sustentabilidade, Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso não estavam ali só como artistas. Estavam como empreendedores, ativistas e pais que decidiram transformar a preocupação ambiental em prática — e, mais do que isso, em legado. Em entrevista exclusiva à Forbes, o casal contou como transformou propósito em ação concreta, usando sua influência para fomentar projetos que unem preservação ambiental, impacto social e geração de valor econômico.
Esse compromisso se materializa no Pachamama Trading, empresa fundada por Bruno com o propósito de valorizar a floresta em pé por meio de créditos de sustentabilidade — uma evolução dos tradicionais créditos de carbono, que inclui a remuneração por diversos serviços ecossistêmicos. “A floresta preservada vale mais do que uma floresta derrubada. É comprovado por números, por estudos, por cientistas. E é isso que precisamos mostrar para o Brasil e para o mundo”, defende Bruno.
Projeto que vira legado de sustentabilidade
O empreendimento nasceu de uma vivência pessoal: o Rancho da Montanha, propriedade da família, onde começaram a plantar árvores e perceberam que apenas plantar não bastava. Era preciso cuidar, proteger e dar continuidade. “Eu não plantei sozinho as 23 mil árvores. Foi com a minha mulher, com meus filhos. A Pachamama surgiu disso, da necessidade de fazer algo mais”, conta ele.
Giovanna também se vê parte essencial desse processo, ainda que, como ela mesma diz, atue nos bastidores: “Eu mais observo e vibro com cada conquista. Aprendo muito com o Bruno e tento transmitir isso da minha maneira, para os meus filhos e para quem me acompanha”.
A metodologia da Pachamama vai além da lógica do carbono e se propõe a comunicar de forma simples um conceito ainda pouco difundido: a floresta como ativo econômico e social. “Quando falamos de crédito, pensamos nos internacionais, mas quem é o protagonista dessa história? Onde estão as maiores florestas? No Brasil. Então, é justo que sejamos protagonistas”, reforça Bruno.
Além do empreendimento, o casal também investe em iniciativas de educação e conscientização. Um exemplo foi a recente visita de 50 crianças de uma escola pública ao Rancho da Montanha. “Elas aprenderam sobre a oliveira, sobre o baobá, sobre plantar, colher e fazer seu próprio alimento. E vão levar esse conhecimento para casa, para suas famílias. Isso é maravilhoso”, conta a atriz.
Educação, audiovisual e protagonismo brasileiro
Bruno ainda amplia sua atuação com projetos no audiovisual. Atualmente, está à frente do filme sobre Chico Mendes, que vai além da narrativa biográfica. “Criamos a plataforma Chico Vive, que tem um prêmio para jovens empreendedores e um documentário. Sustentabilidade é isso: dar continuidade, formar novas lideranças”, explica.
Ambos acreditam que figuras públicas têm papel essencial na construção de uma nova narrativa sobre economia verde. “A gente ajuda a transformar o que antes era passivo em ativo. Deixou de ser custo e virou investimento. E sim, dá dinheiro. As pessoas precisam entender isso”, destaca Bruno.
Quando questionado sobre participar de eventos internacionais, como a COP, ele não hesita: “Quero estar em todos, seja como ator, empresário, pai ou cidadão. O Brasil precisa se apropriar disso. Somos os verdadeiros protagonistas da sustentabilidade no mundo.”
O post Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank: “O Brasil É o Verdadeiro Protagonista da Sustentabilidade” apareceu primeiro em Forbes Brasil.