Da famosa janela do palácio apostólico o Santo Padre rezou o Regina Caeli pela primeira vez; A última, foi em fevereiro, com o saudoso Papa Francisco
Da Redação, com Vatican News

Papa Leão XIV / Foto: Anadolu via Reuters Connect
Neste domingo, 25, Leão XIV rezou com os fiéis na Praça São Pedro o Regina Caeli, que substitui o Angelus neste tempo pascal. E foi especial, pois se tratou da primeira oração da “famosa” janela do Palácio Apostólico, evento tradicional dos Papas de todos os domingos. A última vez remonta ao dia 2 de fevereiro, com o saudoso Papa Francisco.
Ao saudar os numerosos presentes, no início de sua alocução, Leão XIV agradeceu o afeto que os fiéis têm demonstrado a ele nesses primeiros dias de pontificado, pedindo que o continuem apoiando com oração e proximidade.
“Sentimo-nos por vezes inadequados para tudo aquilo a que o Senhor nos chama, tanto no percurso da vida como no caminho da fé. Mas o Evangelho deste domingo (cf. Jo 14, 23-29) diz-nos que não devemos olhar para as nossas forças, mas para a misericórdia do Senhor que nos escolheu, certos de que o Espírito Santo nos guia e nos ensina todas as coisas”.
O Pontífice explicou que Jesus liberta os discípulos de toda a angústia e preocupação na véspera da sua morte, anunciando a eles o dom do Espírito Santo. “Com efeito, se permanecermos no seu amor, Ele vem morar em nós, a nossa vida torna-se templo de Deus e este amor ilumina-nos, abre caminho no nosso modo de pensar e nas nossas escolhas, a ponto de se estender também aos outros e iluminar todas as situações da nossa existência”.
O Santo Padre enfatizou que este habitar de Deus é precisamente o dom do Espírito Santo. “Olhando para a nossa vocação, para as realidades e as pessoas que nos foram confiadas, para os compromissos que assumimos, para o nosso serviço na Igreja, é belo que cada um de nós possa dizer com confiança: embora eu seja frágil, o Senhor não se envergonha da minha humanidade, pelo contrário, vem habitar em mim. Acompanha-me com o seu Espírito, ilumina-me e faz de mim um instrumento do seu amor para os outros, a sociedade e o mundo”.
Sobre o fundamento desta promessa, o convite de Leão XIV é para caminhar na alegria da fé, para ser templo santo do Senhor, esforçando-se para levar o seu amor a toda a parte. Cada irmã e cada irmão é a morada de Deus, cuja presença se revela sobretudo nos mais pequenos, nos pobres e nos que sofrem, exigindo que sejamos cristãos atentos e compassivos.
O Pontífice concluiu confiando a todos à intercessão de Maria Santíssima. “Por obra do Espírito, Ela tornou-se ‘morada consagrada a Deus’. Com Ela, também nós podemos experimentar a alegria de acolher o Senhor e de ser sinal e instrumento do seu amor”.
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