Prefeito de Ponte Alta do Norte renuncia após prisão por desvio de dinheiro público

O prefeito de Ponte Alta do Norte, Ari Alves Wolinger (PL), renunciou nesta quarta-feira (11). Ele, seus filhos e o secretário de administração, Antônio Brocardo, foram presos em janeiro deste ano por suspeita de desvio de dinheiro público destinado à limpeza pública.

Prefeito de Ponte Alta do Norte foi detido em Florianópolis

Prefeito de Ponte Alta do Norte foi detido em Florianópolis – Foto: Reprodução/Facebook/ND

Em nota publicada por seus advogados na internet, o ex-prefeito explicou o porquê decidiu renunciar.

“Tal deve-se à seu entendimento de que o fato de estar afastado de suas funções, mas ainda mantendo o cargo de Prefeito Municipal, causa prejuizos ao andamento da Administração Municipal, prejudicando, em última análise, a população de Ponte Alta do Norte. Ademais, não lhe parece justo que os munícipes continuem a remunerar ‘dois Prefeitos Municipais”, disse em trecho da nota.

Segundo o prefeito de Ponte Alta do Norte, a renúncia não significa “qualquer admissão de culpa, pois sabe não ter cometido qualquer ilícito penal, tendo plena confiança na Justiça e à certeza que será absolvido das injustas imputações que Ihe foram feitas”.

Os suspeitos foram presos em 26 de janeiro, em um hotel no centro de Florianópolis. Desde então, o prefeito segue detido.

As detenções ocorreram no âmbito da “Operação Limpeza Urbana”, deflagrada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) que investiga autoridades públicas e empresários suspeitos de envolvimento em um esquema ilícito.

Entenda o esquema que o prefeito de Ponte Alta do Norte é acusado de estar envolvido

Segundo as investigações, os envolvidos eram orientados a contratar escritórios de contabilidade específicos indicados pelas autoridades, sendo obrigados a pagar uma “taxa” mensal equivalente a 10% do dinheiro recebido da prefeitura.

Situação que resultava em um desvio de parte dos recursos públicos destinados à limpeza urbana, favorecendo os próprios agentes públicos. O montante desviado chegou a quase R$ 100 mil, de acordo com o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).

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