Em Brasília, prefeito de Joinville fala de ordem e quer leis mais duras para quem furta ou rouba

Mais de cem prefeitos de municípios catarinenses estão em Brasília, onde participam da Marcha para Brasília, com o objetivo de pressionar deputados e senadores, e órgãos federais a atender as demandas sociais e de infraestrutura, que precisam de apoio e recursos federais.

Mas não está em jogo apenas um chapéu na mão por emendas parlamentares, ou por uns trocados dos ministérios.

Temas sociais também constam da pauta dos prefeitos, da Amunesc, da Fecam.

Por exemplo: o prefeito de Joinville bateu firme na questão de como combater a desordem pública, um fenômeno crescente em municípios médios e grandes em todo o país.

O assunto se originou da constatação clara de que o aumento do número de pessoas em situação de rua, e seus impactos sociais daí derivados, assustam famílias e comerciantes.

Neste contexto, recente levantamento feito por comissão de Vereadores aponta 963 pessoas em situação de rua cadastradas no CAdUnico no município. Em todo o Estado são quase dez mil.

O problema não é só social, embora esta seja a causa primária. Há quem viva desajustes familiares e/ou psicológicos, há aqueles doentes, e há os oportunistas e bandidos que se aproveitam disso para furtar, roubar, e praticar outros crimes.

É para manter a ordem pública em Joinville, que o prefeito Adriano Silva (NOVO) – e outros líderes de outras cidades – pressionam “por legislação mais dura contra quem pratica desordem pública – furta ou rouba”.

Em fala nas redes sociais, Adriano comemora a prisão de um receptador de fiação roubada e vai ao ponto:

“O GAOP – Grupo de Ação de Ordem Pública – foi criado para trazer a ordem pública para Joinville e não deixar que a questão dos moradores de rua tire a ordem pública no município”.

Adriano Silva quer leis mais rígidas porque “quem furta ou rouba não fica preso porque não há prisão preventiva para esses casos”.

O aumento da criminalidade é fato em cidades em crescimento. Mais ainda porque é para cidades com indicadores sociais e econômicos acima da média que a migração mais se acentua.

E, junto com os migrantes, vêm desenvolvimento e, também, problemas de todo tipo: habitação, atendimento em saúde e educação, empregos, etc.

Está claro que o tema moradores de rua veio para ficar e será um dos fatores a merecer especial atenção de agora em diante, nas mais variadas instâncias, quer política, social ou econômica.

Será tema das próximas campanhas eleitorais, sem dúvida.

O fato do prefeito da mais populosa cidade catarinense tratar disso em amplo ambiente na capital federal dá a ideia da importância do assunto.

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