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A agência Moody’s rebaixou nesta sexta-feira a classificação de crédito dos Estados Unidos em um degrau, de “Aaa” para “Aa1”, citando dívida e juros crescentes, “que são significativamente mais altos do que os de soberanos com classificação semelhante”.
“Sucessivas administrações e o Congresso dos EUA falharam em chegar a um acordo sobre medidas para reverter a tendência de grandes déficits fiscais anuais e custos crescentes de juros”, disse a Moody’s em um comunicado, ao mudar sua perspectiva para os EUA de “negativa” para “estável”.
Desde seu retorno à Casa Branca, em 20 de janeiro, o presidente Donald Trump prometeu equilibrar o orçamento dos EUA, enquanto seu secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse repetidamente que o atual governo pretende reduzir seus custos de financiamento.
A combinação entre tarifas geradoras de receita e cortes de gastos adotada pelo governo, por meio do Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk, colocou em destaque a profunda conscientização sobre os riscos impostos pela crescente dívida governamental — que, se não for controlada, pode desencadear uma derrocada no mercado de títulos e prejudicar a capacidade do governo de seguir com sua agenda.
O rebaixamento ocorre depois que o abrangente projeto de lei tributária de Trump não conseguiu superar um obstáculo processual fundamental nesta sexta-feira, já que republicanos linha-dura que exigiam cortes maiores nos gastos bloquearam a medida, em um raro revés político para o presidente no Congresso.
“Não acreditamos que reduções materiais plurianuais nos gastos obrigatórios e déficits resultarão das atuais propostas fiscais em consideração”, disse a Moody’s, ao prever que o peso da dívida federal aumentará para cerca de 134% do PIB até 2035, em comparação com 98% em 2024.
O corte da nota dos EUA ocorre após um rebaixamento feito pela rival Fitch, que em agosto de 2023 também reduziu a classificação soberana norte-americana em um nível, citando a deterioração fiscal esperada e repetidas negociações urgentes sobre o teto da dívida, que ameaçam a capacidade do governo de pagar suas contas.
A Standard & Poor’s rebaixou os EUA em 2011.
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