O saneamento básico proporciona saúde e o bem-estar econômico e social para as populações, porque a geração de serviços de água e esgotamento sanitário estimula a economia em diversos aspectos, inclusive na geração de emprego e proteção dos ecossistemas.
A Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que inclui os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), possui 17 objetivos, sendo que o ODS 6 diz: garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.
O setor de saneamento básico no Brasil vive um momento decisivo. A meta de universalizar o saneamento até 2033 exigirá cerca de R$ 700 bilhões em investimentos, segundo a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon).
“Com o Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026) que completou quatro anos em 2024, grande parte dos avanços ainda é aguardada, especialmente diante de dados preocupantes que mostram o impacto da ineficiência na coleta e tratamento de esgoto”, pontua Vininha F. Carvalho, economista, ambientalista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), somente 56% da população brasileira têm acesso à coleta de esgoto e apenas 52,2% do volume coletado é tratado. Isso significa que, diariamente, o equivalente a 5.253 piscinas olímpicas de esgoto não tratado são despejado diretamente no meio ambiente.
Para Fernando Silva, CEO da PWTech, startup de purificação de água contaminada, a universalização do acesso ao saneamento básico de qualidade, promove o desenvolvimento dos setores da saúde, turismo e imobiliário, a partir da despoluição dos rios e mares e da melhoria das condições de saneamento em regiões afastadas, o que aumenta o interesse de turistas e a explosão de construções em locais, anteriormente, não valorizados pelo mercado.
A Lei Federal nº 11.445/2007 define o saneamento básico como um conjunto essencial de serviços, infraestruturas e instalações necessárias para promover a saúde pública. A implementação de um sistema de saneamento em uma região abrange a construção de redes de distribuição de água, redes de coleta de esgoto, estações de captação e tratamento de água, bem como estações de tratamento de efluentes.
“As cidades precisam investir em toda a cadeia de saneamento, desde a elaboração de políticas até a prestação de serviços. Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário de um município são um dos principais indicadores da qualidade de vida da população desta localidade”, conclui Vininha F. Carvalho.
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