Primeiro grafiteiro surdo do Brasil inaugura projeto Autoria Marginal com intervenção urbana em Laguna

O projeto Autoria Marginal iniciou sua jornada nacional com uma intervenção artística inédita em Laguna (SC). A ação contou com a produção de um mural que une arte, acessibilidade e educação em uma proposta simbólica de forte impacto social. A obra foi assinada por ODRUS, o primeiro grafiteiro surdo do Brasil, reconhecido nacionalmente por romper barreiras de comunicação por meio de sua arte visual potente. Criado em um ponto estratégico da cidade, o mural traz como tema central o incentivo à leitura como forma de resistência, autonomia e transformação social.

“Trazer o ODRUS para Laguna é afirmar que a arte urbana também é um espaço de escuta e diálogo, mesmo quando o som não é o canal principal. A obra convida quem passa a refletir sobre as formas de leitura do mundo, inclusive aquelas que ultrapassam as palavras”, destaca Preto Lauffer, produtor cultural, pedagogo social e um dos idealizadores do projeto.

ODRUS, referência nacional na arte urbana, transforma espaço público com obra sobre leitura, acessibilidade e inclusão cultural. Divulgação

A ação integra o projeto Autoria Marginal, que une literatura, formação e mobilização social para democratizar o acesso ao conhecimento sobre direitos autorais no Brasil, especialmente entre artistas e criadores de territórios periféricos. A iniciativa tem como pilar central o livro “Eles Deviam É Editar Livros Sobre os Segredos da Lei: um livro em provocação à música Primeiro de Abril, do MC Marechal”, escrito por Lauffer e pela advogada Isadora Bays, com coautoria da professora e pesquisadora Liz Beatriz Sass. A obra será distribuída gratuitamente em formato físico, com a meta de alcançar 10 mil exemplares doados ao longo de 2025.

Cada exemplar doado ativa também espaços de escuta e formação: oficinas, rodas de conversa e ações educativas serão realizadas em escolas públicas, centros culturais e comunidades periféricas. A distribuição será viabilizada por meio de parcerias com o NUPPI (Núcleo de Pesquisa em Propriedade Intelectual), o Instituto Jerônimo Coelho e uma ampla rede de apoiadores.

A campanha de arrecadação para o projeto está ativa na plataforma Benfeitoria. Cada contribuição recebida viabiliza dois movimentos potentes: um livro digital é enviado ao apoiador, enquanto um ou mais exemplares físicos são doados para artistas, criadores e fazedores de cultura em territórios vulneráveis — pessoas que, apesar de movimentarem a cultura do país, seguem à margem do acesso à informação e das políticas públicas. A cada livro doado, um espaço de troca, escuta e formação é ativado. Os exemplares físicos serão entregues em eventos presenciais em diferentes regiões do Brasil, com rodas de conversa, oficinas e ações voltadas à valorização da autoria e à proteção das criações artísticas.

Ao apoiar o Autoria Marginal, você não está apenas financiando a impressão e doação de um livro: está impulsionando uma rede de formação, afeto e resistência. Está dizendo, junto com a gente, que conhecimento não pode ser privilégio. Está ajudando a amplificar mais de 10 mil vozes que criam cultura, mas foram silenciadas pelo sistema.

Lançamento oficial

Antes da ação em Laguna, o projeto foi lançado oficialmente em Florianópolis, com programação no Centro de Cultura e Justiça (CCJ) da UFSC e na Galeria Lama, marcando o início da circulação nacional. Os eventos reuniram artistas, estudantes, pesquisadores e agentes culturais para o lançamento da obra e para rodas de conversa sobre cultura, autoria e justiça social.

Mais informações e apoios: https://benfeitoria.com/projeto/autoriamarginal

Vídeo oficial:


YouTube | @autoriamarginal: https://youtube.com/@autoriamarginal

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