Misturando Renda Fixa e Variável, Itaú Asset e B3 Lançam Primeiro ETF Híbrido do Brasil

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A bolsa de valores brasileira, B3, viabilizou o lançamento nesta terça-feira (13) do primeiro ETF (Exchange Traded Fund) híbrido do Brasil. O produto foi apresentado pela gestora Itaú Asset durante um toque de campainha na B3, e será negociado com o ticker GOAT11.

O novo ETF será composto por 80% de renda fixa, baseada em títulos públicos que tem a sua rentabilidade indexada à inflação oficial do Brasil, medida pelo índice do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e outros 20% em renda variável, com ações do S&P 500, um dos principais indicadores norte-americano.

O Brasil é tradicionalmente um país de renda fixa. Segundo a B3, a modalidade atraiu 1,2 milhão de novos investidores entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023, totalizando 17,7 milhões de investidores. Já a renda variável alcançou a marca de 5,3 milhões de investidores no final do ano passado.

A novidade tem como objetivo ser um ativo que oferece maior proteção contra a inflação e exposição ao mercado internacional. De acordo com Thalita Forne, superintendente de produtos da B3, o ETF híbrido combina o melhor dos dois mundos da renda fixa e da renda variável internacional. “A B3 quer proporcionar cada vez mais a diversificação dos investimentos”, afirmou a especialista.

Vantagem

O ETF ou fundo de índices é um ativo negociado em bolsa de valores que compra ativos diretamente no exterior e busca replicar o desempenho de um índice específico, como um índice de ações, commodities ou renda fixa.

Antes do ETF Híbrido, a B3 oferecia apenas duas modalidades de ETFs: o de renda fixa e o de renda variável. O primeiro sendo um fundo de índice que replica carteiras de títulos de renda fixa, como o Tesouro Direto, oferecendo uma combinação entre estabilidade e liquidez. Já o segundo, destinado à aplicação em carteiras de ações, buscando retornos similares aos de um índice de referência. Nesse último caso, a liquidez tende a ser maior, porém o risco também é mais elevado.

Outra característica é que a tributação dos ETFs de renda variável deve ser recolhida todos os meses quando há lucro obtido na venda do ativo. Já nos de renda fixa, os impostos são recolhidos diretamente na fonte, ou seja, o investidor não precisa se preocupar em pagar valores mensalmente.

Uma das vantagens do novo produto é que, nessa modalidade, como o ETF tem a maior parte da composição em renda fixa, a tributação será baseada nesse tipo de investimento, com cobrança de alíquota do Imposto de Renda, segundo determinação da Receita Federal. Além disso, não é preciso ter conta no exterior e o investimento é realizado em reais.

A alíquota do imposto pode variar entre 15% e 25%:

  • Até 180 dias: 25%
  • Entre 181 e 720 dias: 20%
  • Acima de 720 dias: 15%

Para aportar na modalidade o investidor deve ter uma conta aberta em qualquer corretora brasileira credenciada à B3.

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