Marcada para a primeira semana de dezembro, a eleição do Tribunal de Justiça de Santa Catarina para a sucessão do atual presidente, desembargador Francisco Oliveira Neto, já movimenta os bastidores do judiciário.
O processo deve ser marcado pelo protagonismo de mulheres e pelo peso que os desembargadores provenientes do Quinto Constitucional darão à disputa. O grupo deve indicar o vice de uma das chapas e deverá decidir a eleição.
Não há partidos políticos no TJ e sim grupos de desembargadores que compartilham um mesmo ideal de administração. A força de cada grupo é que define o resultado do pleito. Na última eleição, a indicação do nome do atual presidente foi construída em consenso, após a administração positiva do desembargador João Henrique Blasi.
Na eleição deste ano, dois grupos devem disputar. De um lado, o desembargador Rubens Schulz deve disputar a presidência, com duas mulheres em posições estratégicas. Na corregedoria extrajudicial, Rosane Portela e na Escola da magistratura, Vera Copetti.
A ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SC), desembargadora Maria do Rocio Santa Ritta também deve disputar a presidência. A chapa que deve compor com ela ainda está em construção, com conversas avançadas. Maria do Rocio é a segunda mulher a disputar o cargo máximo do judiciário catarinense. A desembargadora Soraya Nunes Lins disputou o cargo em 2021.
O nome do vice-presidente, por tradição no TJ/SC, deverá ser indicado por um representante do grupo proveniente do Quinto Constitucional. Atualmente o vice é o desembargador Cid José Goulart Júnior, que veio do MP/SC. Desta vez, o indicado deve vir dos nomes provenientes da OAB/SC. Resta saber qual das duas chapas os representantes do Quinto, que costumam votar unidos, irão apoiar. Quem levar o apoio, terá 19 votos confirmados.
Dentre os nomes lembrados para a vaga de vice, estão os desembargadores Osmar Nunes, André Dacol e Jorge Borba.
