Saiba quem são os possíveis candidatos a prefeito de Tubarão em 2024

Após dois mandatos optando por Joares Ponticelli (PP) como chefe do executivo, os tubaronenses se preparam para eleger uma nova liderança para o governo municipal no próximo mês de outubro. A trajetória de Joares ficou marcada por um desfecho inesperado, uma vez que não concluiu o mandato devido a sua prisão durante a Operação Mensageiro, unida ao seu afastamento do cargo pela Justiça e, posteriormente, sua renúncia.

Atualmente, estamos no período conhecido como pré-campanha, momento em que os políticos podem manifestar seu interesse em concorrer a algum cargo, embora estejam proibidos de pedir votos diretamente. Nessa fase, cada postulante busca viabilizar sua candidatura por meio de alianças com outros partidos e do apoio de diversos setores da sociedade, traçando estratégias para consolidar sua base eleitoral e apresentar suas propostas.

O EXTRA.SC atualiza a lista de pré-candidatos a prefeito de Tubarão, após os recentes anúncios de João Fernandes (PL), Jairo Cascaes (PSD) e Gean Carlo de Bom da Silva (sem partido), de que não participarão deste pleito:


Foto: EXTRA.SC

Soratto (PL): O deputado estadual nunca escondeu o seu desejo de se eleger prefeito de Tubarão, motivado por seu histórico familiar: seu pai, Estêner Soratto, governou o município entre 1989 e 1992. Entende que poderia realizar este sonho futuramente mas, após a prisão do ex-vice-prefeito Caio Tokarski (UB), sucessor natural de Ponticelli, conquistou uma oportunidade ímpar. É o nome que aparece em larga vantagem em pesquisas encomendadas por partidos políticos e em enquetes publicadas por portais de notícias e perfis de redes sociais. Foi secretário de diversas pastas em Tubarão; e Regional e da Casa Civil no Governo do Estado. Em 2012, foi candidato a vice-prefeito pelo PSDB, em chapa encabeçada por Carlos Stüpp. Em 2020, foi o segundo vereador mais votado em uma eleição marcada pela pandemia do novo coronavírus.

 

Foto: EXTRA.SC

Denis Matiola (PSD): Foi eleito vereador em 2020 e, além de sua interessante atuação na Câmara, chamou bastante atenção por uma ação social: doou todos os salários que recebeu do legislativo para entidades beneficentes do município. Até março, era uma das principais lideranças do PSDB mas, deixou o ninho tucano ao receber um tentador convite do PSD de Jairo Cascaes: ser o pré-candidato a prefeito do partido. Nos bastidores, lideranças do PSD e do PL explanam o desejo de que as siglas estejam juntas na eleição e de que Denis torne-se candidato a vice-prefeito de Soratto.


Foto: EXTRA.SC

Luciano Menezes (PSD): O empresário sempre surge às vésperas das eleições disposto a participar de alguma forma. Já se lançou e foi lançado pré-candidato em algumas oportunidades, mas nunca chegou a concorrer a um cargo público. Assumiu a presidência do PSD com a responsabilidade de articular a melhor escolha para o partido em 2024. Após a janela de mudanças, sua sigla pulou de três para seis cadeiras na Câmara e, uma decisão correta sobre o futuro, certamente vai contribuir para que pelo menos cinco delas sejam mantidas. Apesar de suas credenciais, é um nome com menos chances em uma eventual disputa interna contra Denis Matiola.

 

Foto: Rodolfo Espínola/AgênciaAL

Carlos Stüpp (PSDB): Foi o segundo catarinense a presidir a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. Foi prefeito de Tubarão entre 2000 e 2008. Na eleição seguinte, elegeu o sucessor partidário, Manoel Bertoncini, que morreu no fim do último ano de mandato. Tentou retornar ao Paço mais duas vezes: em 2012, recebeu 18,78%. Em 2016, 27,13%. Em 2010, não obteve êxito quando concorreu a deputado estadual, mas ocupou a cadeira do PSDB na Alesc por quatro meses. Atualmente, é servidor comissionado na Coordenadoria de Orçamento Estadual da Assembleia, com um salário de R$ 25 mil. Stüpp tem recebido o incentivo de membros que permaneceram no partido e do deputado estadual Marcos Vieira (PSDB).


Foto: EXTRA.SC

Dr. Jean Machado (PP): Uma das surpresas da janela partidária, o vereador deixou o PSD, onde teria uma hipotética reeleição tranquila, para se aventurar em novos mares. Nos bastidores, comentam que o médico se sentiu preterido da antiga sigla após o convite feito a Denis Matiola. O Progressistas, agora liderado pelo deputado estadual Pepê Collaço, aproveitou o momento de fragilidade para fazer a mesma proposta: Jean chegou à nova sigla como pré-candidato a prefeito. A possível cabeça de chave tem uma explicação: sem composição aparente, o PP deverá lançar uma chapa majoritária com o objetivo de ponteicalizar ao menos dois vereadores na Câmara – hoje, tem cinco.

 

Foto: Luís Gustavo Debiasi/Agência AL

Deka May (UB): É filho do ex-prefeito Paulo Osny May. Em 2008, foi eleito o vereador mais votado de Tubarão. Também foi candidato a um cargo público em outras quatro oportunidades: a vereador, em 1992; a deputado federal, em 2010; a vice-prefeito, na chapa encabeçada por Edinho Bez (MDB), em 2012; e a deputado estadual, em 2014 – mas não obteu êxito em nenhum destes pleitos. Quarto suplente na Alesc, exerceu o mandato durante dois meses. Nos últimos anos, presidiu a Fundação de Assistência Social de Tubarão, onde recebeu duras críticas por sua atuação considerada aquém do esperado. Migrou do PP para o União Brasil com a promessa de que, caso o partido participe de uma eleição majoritária, seja o nome indicado.


Foto: EXTRA.SC

Tancredo (MDB): Vereador pelo quarto mandato não consecutivo, foi secretário de diversas pastas na Prefeitura de Tubarão, presidente da Câmara, prefeito interino e presidente da Associação dos Servidores da prefeitura – página em sua biografia que desejaria arrancar. É dono da Rádio Litoral FM. Nos últimos sete anos, foi o único real opositor ao governo de Joares e Caio no legislativo. Mas passou do ponto por algumas vezes, principalmente ao confrontar de maneira desrespeitosa seus pares e setores da sociedade, como a Imprensa. Carrega consigo o peso de ser antigo na política, o que deixa uma possível candidatura carregada, num MDB já enfraquecido.

 

Foto: Sul Agora

Joma (MDB): O advogado é sobrinho do ex-governador Eduardo Moreira. Atualmente, é servidor comissionado da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina, com o salário de R$ 14 mil. Concorreu a um cargo público uma única vez, em 2016, quando deixou um encaminhado pleito proporcional para substituir Edson Firmino (UB) na chapa majoritária, como vice de Carlos Stüpp – Firmino teve sua candidatura impugnada pelo TRE. Representa uma oxigenação entre as lideranças emedebistas de Tubarão, que insistem em deixar na linha de frente nomes como Edinho Bez e Jair Tártari. É inegável a contribuição de ambos para a história partido, mas é correto afirmar que perderam o timing da hora de parar. Justamente por isso, Joma precisaria assumir essa reorganização da sigla, caso queira que o MDB volte a ter força em uma composição majoritária e em uma eventual bancada na Câmara.


Outras pré-candidaturas

 

Outros dois partidos devem lançar candidatos, embora não possuam pré-candidatos bem definidos.

O PT possui nomes como o do ex-prefeito Olavio Falchetti, que em 2012 fez uma gestão sem grandes feitos e que, perguntado, nega a possibilidade de tentar retornar ao Paço; o ex-vereador Professor Paulão, que de cinco candidaturas, foi eleito em apenas uma, em 2012, justamente quando o partido venceu a prefeitura; e Fontoura, candidato pela sigla em 2020, onde ficou em quarto lugar.

O Novo anunciou a vontade de ter candidato à majoritária e apostava suas fichas no presidente da Acit que, como informado no início da reportagem, declinou do convite esta semana. A sigla não se manifestou sobre um nome que possa substitui-lo.

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