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Desde o início século XX, o Vaticano recorre a um sistema simples, mas altamente simbólico, para anunciar ao mundo os resultados das votações no conclave que elege o Papa: a emissão de fumaça preta ou branca pela chaminé da Capela Sistina.
Nesta quinta-feira (8), às 13h08 (horário de Brasília), a chaminé expeliu fumaça branca e anunciou que a escolha do papa que sucederá Francisco foi concluída.
O ritual, hoje transmitido ao vivo para milhões de fiéis em todo o mundo, tem raízes em uma tentativa de tornar mais transparente o processo de escolha do líder da Igreja Católica.
A distinção oficial entre a fumaça branca, que sinaliza a eleição de um novo papa, e a fumaça preta, que indica que ainda não houve decisão, foi definida pela primeira vez no conclave de 1914, quando Bento XV foi escolhido.
Como era feito o anúncio antes?
Antes disso, os anúncios oficiais da eleição eram feitos apenas verbalmente e demoravam a ser divulgados. A fumaça se tornou, então, uma solução visual eficaz. A cada rodada de votação, as cédulas são queimadas. Para gerar a cor desejada da fumaça, adicionam-se compostos químicos ao material incinerado.
A clareza da cor, no entanto, nem sempre foi confiável.
Em conclaves anteriores, houve momentos de dúvida entre os presentes, que não conseguiam distinguir se a fumaça era realmente preta ou branca. Para resolver o problema, o Vaticano passou a utilizar, a partir de 2005, cartuchos com misturas químicas específicas para garantir tonalidades bem definidas e perceptíveis à distância.
Além da fumaça branca, o toque dos sinos da Basílica de São Pedro também serve como confirmação oficial da eleição de um novo Papa.
Combinando tradição, simbolismo e tecnologia, o ritual da fumaça continua sendo um dos momentos mais aguardados pelos católicos durante o processo de sucessão papal.
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