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Rihanna se tornou uma daquelas celebridades que não se veste para o tapete vermelho, mas cria momentos pensados para a memória cultural do mercado. Sua maneira de se vestir durante a maternidade — agora ainda mais evidente na terceira gravidez — reflete uma combinação clara de estratégia e precisão. Para líderes empresariais, é uma verdadeira aula de construção de marca.
No Met Gala 2025, Rihanna usou um modelo de risca de giz sob medida, uma releitura da alfaiataria masculina clássica. Seu vestido estruturado, justo à barriga, foi sobreposto por um paletó cropped, desabotoado na medida certa para revelar a gravidez com naturalidade — e intenção. Ela se vestiu como costuma fazer tudo: como quem está no controle da narrativa.
Completando o visual, um chapéu preto oversized de aba larga criava uma silhueta teatral, equilibrando o drama da velha Hollywood com a atitude da moda contemporânea. O detalhe inesperado de duas gravatas diferentes transformava o look em uma experiência calculada. O resultado foi marcante, arquitetônico e totalmente Rihanna.
Look de Rihanna no Met Gala 2025
Como Rihanna escolhe abordar a maternidade
Embora a terceira gravidez da cantora tenha estampado manchetes, a verdadeira história de sua aparição no Met Gala estava na silhueta. A gravidez, historicamente, afastou mulheres de cargos públicos e de destaque — especialmente em indústrias movidas pela imagem. Rihanna inverteu essa lógica: a maternidade não é um desvio em sua carreira, mas uma extensão dela. Cada aparição — seja no Met Gala, no Super Bowl ou no Instagram — é um ativo de marca que continua essa conversa.
Essa estratégia se alinha com a forma como ela construiu a marca de maquiagem Fenty Beauty, que fez dela uma bilionária, a linha de lingerie Savage X Fenty e a marca de cuidados com a pele Fenty Skin: em torno da autenticidade, da inovação e do protagonismo das mulheres negras. Seu estilo de maternidade amplia esses princípios — é despreocupado, bem estruturado e sem necessidade de performance.
A força da marca Rihanna sempre dependeu de como ela navega a própria visibilidade. Ao não permitir que os fãs ou a mídia ditem o ritmo, ela consegue usar palcos culturais importantes para reforçar uma mensagem simples, porém poderosa: ela é dona da sua imagem.
A propriedade é essencial, especialmente no mundo dos negócios. Em uma era em que as marcas lutam para gerenciar a percepção e se destacar em meio ao ruído, mantendo relevância e autenticidade junto a seu público, Rihanna domina essa arte. Seu estilo rejeita a necessidade de representar a feminilidade tradicional ou o “brilho maternal”.
Legado de Rihanna
No Met Gala 2025, a cantora também reforçou um princípio de seu império bilionário: quando o projeto é forte, não há necessidade de exagerar no design. Foi assim que a empresária construiu sua fortuna de US$ 1,4 bilhões, patrimônio retirado da lista em tempo real da Forbes.
A escolha do look de Rihanna provou mais uma vez que ela não está aqui para seguir tendências, e simboliza que ela está no controle da sua história. Também mostra aos líderes que não é preciso diluir a complexidade para causar impacto. Rihanna demonstra que é possível ser muitas coisas — mãe, empresária e musa da moda — e ainda assim liderar qualquer equipe.
*Sughnen Yongo é colaboradora da Forbes USA. Jornalista especializada em dar visibilidade às mulheres negras, escreve sobre saúde, justiça social e cultura pop.
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