Operação Mensageiro: prefeito de Ibirama continua recebendo salário mesmo afastado do cargo 

O prefeito de Ibirama, Adriano Poffo (MDB), continua recebendo salário mesmo afastado do cargo, segundo informações do Portal da Transparência do município. Ele é um dos investigados da Operação Mensageiro, a qual apura um esquema de corrupção no serviço de coleta de lixo.

O TJSC determinou na última quinta-feira (4) que o prefeito Adriano Poffo (MDB) deve continuar afastado do cargo até o julgamento da Operação Mensageiro

Operação Mensageiro: prefeito de Ibirama continua recebendo salário mesmo afastado do cargo  – Foto: Internet/Reprodução/ND

Preso na 4ª fase da operação, deflagrada no dia 27 de abril de 2023, Poffo teve a prisão revogada pela Justiça em 5 de outubro e, desde então, está em liberdade.

Após deixar o Presídio Masculino de Lages, onde ficou por cinco meses, ele teve que cumprir restrições no período de 180 dias. Uma delas era ficar afastado do cargo, proibido inclusive de entrar no prédio da Prefeitura de Ibirama e secretarias.

O fim deste prazo aconteceria na última sexta-feira (5), contudo, na quinta-feira (4), a 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) determinou, por unanimidade, o afastamento de Poffo do cargo até o julgamento da Operação Mensageiro.

Prefeito continua recebendo salário mesmo afastado

Conforme apontado no Portal da Transparência de Ibirama e confirmado pela assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal, Poffo, mesmo afastado do cargo, continua recebendo o salário de prefeito.

O valor bruto do pagamento é de R$ 21.383,45, com os descontos, Adriano recebe mensalmente a quantia de R$ 15.526,25.

Operação Mensageiro

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) iniciou no final de 2022 uma investigação contra a empresa de saneamento que atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.

Na 4ª fase da Mensageiro, foram cumpridos 18 mandados de prisões preventivas e 65 mandados de busca e apreensão em 12 cidades catarinenses, incluindo Ibirama.

O prefeito Adriano Poffo (MDB) e o então secretário de Administração, Fábio Fusinato, foram presos no dia 27 de abril de 2023 e foram levados ao Presídio Masculino de Lages e no Presídio Regional de Lages, respectivamente.

Por duas vezes, a defesa do prefeito de Ibirama entrou com habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que o acusado responda ao processo em liberdade. Contudo, não obteve este direito.

Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), Poffo é suspeito de receber propina para favorecer a empresa investigada, na prestação de serviços no município.

O esquema aconteceu em várias cidades do Estado e seu intermediário em Ibirama foi o ex-secretário Fábio Fusinato, segundo acusa o Ministério Público. O secretário foi exonerado dias após sua prisão, mas tornou-se réu junto com o prefeito, em 27 de julho, em decisão tomada pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Em 14 de agosto, um advogado de Ibirama apresentou uma denúncia com mais de 150 páginas, pedindo o impeachment de Poffo (MDB) à Câmara Municipal de Ibirama, mas ele foi negado após votação em plenário.

No dia 28 de setembro, um dia após a audiência de instrução do caso, onde as testemunhas foram ouvidas, o ex-secretário de Administração e Finanças de Ibirama, Fábio Fusinato, teve a prisão preventiva revogada pela Justiça e responderá ao processo em liberdade.

Em 5 de outubro de 2022, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina em Florianópolis determinou a soltura do prefeito Adriano Poffo.

 

 

 

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