Com a morte de Francisco e a atual Sede Vacante, vídeo deste mês da Rede Mundial de Oração do Papa foi divulgado em um novo formato
Da redação, com Rede Mundial de Oração do Papa

Foto: Reprodução O Vídeo do Papa
Nesta segunda-feira, 5, a Rede Mundial de Oração do Papa divulgou o vídeo com a intenção de oração escolhida por Francisco para este mês de maio: “Pelas condições de trabalho”. A obra pontifícia recordou que as intenções de oração dos 12 meses de 2025 foram escolhidas previamente e divulgadas no início do ano.
Diante da morte do Santo Padre e a iminência da eleição do novo Sucessor de Pedro – com o início do Conclave marcado para esta quarta-feira, 7, o vídeo de maio apresentou um novo formato: foram reunidas reflexões dos três últimos Papas – João Paulo II, Bento XVI e Francisco – sobre o tema.
As pessoas devem ser o centro e a prioridade do mundo do trabalho, indicaram os três pontífices em reflexões passadas. A rede convida os fiéis do mundo todo para rezar “para que, através do trabalho, cada pessoa se realize, as famílias sejam sustentadas com dignidade e se humanize a sociedade”.
O mundo do trabalho tem estado muito presente no Magistério da Igreja desde o final do século XIX, uma consequência do olhar atento dos Papas sobre a realidade e da sua preocupação com o bem espiritual e material das pessoas.
Papas e o mundo do trabalho
As palavras de Francisco sublinham que o trabalho confere “uma unção de dignidade”: ganhar o pão dá dignidade à pessoa. O próprio Jesus trabalhou como carpinteiro, “um ofício bastante duro” que “não assegurava grandes rendimentos”, e que partilhou com todos os trabalhadores ao longo da história.
Algumas das frases de Bento XVI sublinham a importância primordial do trabalho “para a realização humana e o desenvolvimento da sociedade”. Por conseguinte, o trabalho deve ser “organizado e realizado no pleno respeito da dignidade humana e ao serviço do bem comum”. Ao mesmo tempo, o homem não deve deixar-se “escravizar pelo trabalho (…) pretendendo encontrar nele o sentido último e definitivo da vida”, que só se encontra em Deus.
Por fim, as palavras de São João Paulo II exortam a enfrentar os desequilíbrios econômicos e sociais e as situações de injustiça que existem no mundo do trabalho, colocando em primeiro lugar “a dignidade do homem e da mulher que trabalha, a sua liberdade, responsabilidade e participação”. Tudo isto, sem esquecer “aqueles que sofrem por falta de emprego, por salários insuficientes, por falta de meios materiais”. São precisamente estes desequilíbrios e situações de injustiça que tornam necessário rezar para que o centro do trabalho e da vida econômica e social seja o ser humano e não o lucro.
Mundo do trabalho
Atualmente, segundo dados da ONU e da OIT, 402,4 milhões de pessoas em todo o mundo estão desempregadas; 160 milhões de crianças são obrigadas a trabalhar; 240 milhões de trabalhadores recebem um salário inferior a 3,65 dólares por dia; e mais de 60% da população ativa mundial trabalha na economia informal, o que significa que cerca de 2 mil milhões de pessoas estão privadas de direitos laborais e de proteção social.
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