saco de lixo para representar Eliza Samudio (caso que teve repercussão mundial) durante o Carnaval de 2020, foi uma das viradas de chave para Danilo Luiz, conhecido por ser o dono da lateral-direita da Seleção Brasileira de Futebol há mais de uma década e atual jogador do Flamengo.
Na época, bem no início da pandemia, ele decidiu que o mundo precisava de um espaço para histórias que pudessem inspirar e influenciar as pessoas com um olhar mais positivo e humano. Estamos falando daquele outro lado, o que a “mídia tradicional” geralmente deixa de fora, na prática, o que não costuma dar audiência.
Profundamente conectado à psicologia e à psicanálise, ele estuda e pesquisa tudo que é relacionado ao comportamento humano quando não está jogando, lendo ou pescando, como se descreve no site do Voz Futura. A ideia é influenciar novas gerações, tanto de atletas quanto outras pessoas que estão além do seu círculo, por meio de textos, bons exemplos, reflexões e notícias propositivas.
“А nossa mídia tava andando por um caminho muito difícil de continuar sendo consumida, foi meu limite ali e eu senti que eu precisava fazer algo. Foi onde eu percebi que podia usar minha voz e meu alcance para poder criar essa plataforma onde a gente desse visibilidade para essas histórias que não estão sendo contadas“, explica.
Junto dele está Pedro Pirim, jornalista de formação e comunicador de natureza, que falou as principais manchetes do país do dia anterior, todas envolvendo algo ruim.
“Uma angústia muito antiga também ver a mídia da maneira como ela tava, inclusive destruindo a nossa saúde mental, à medida que ela privilegia esse tipo de notícia, ao invés de contar boas histórias de empreendedores sociais, pessoas que estão olhando para a sociedade de uma maneira construtiva”, destaca.
Completa o time Felipe Cantieri (também sócio do projeto), que foi quem apresentou Danilo e Pedro, dando início a uma parceria que, ao meu ver, é uma potência no curto, médio e longo prazo, afinal, as histórias que vêm sendo contadas são de pessoas que estão mudando o seu entorno.
“Hoje estamos aí com uma uma equipe, com os pilares de educação e o entretenimento no ar, com conteúdo diário de boas histórias e trazendo pesquisas que realmente vão ajudar a criar um ambiente de bem-estar“, complementa Pedro.
Apesar da grande mídia e suas notícias focadas em “desgraça”, por N questões, o projeto tem como um dos objetivos se associar a ela e criar uma forma de amplificar as histórias contadas em grande massa. Afinal, a escala vem através dessas parcerias.
“Porque seríamos concorrentes se poderíamos ser complementares? Existe uma oportunidade gigantesca aqui de pegar esse caminhão de audiência e trazer para perto”, diz Pedro.
Uma das primeiras histórias é de um senhor de Juiz de Fora, em Minas Gerais, que convive com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Precisando de ajuda para fazer praticamente tudo, na conversa Danilo perguntou de onde ele tirava tanta força para continuar, e a resposta foi: “eu amo viver”.
Foi uma “injeção de ânimo” para Danilo continuar essa curadoria. Ele conta que na época o senhor mineiro ficou muito famoso na sua comunidade e foi um dos motivos para seguir com o projeto e poder impactar em ambientes não convencionais, em pessoas não famosas.
“Somos um canal de conteúdo que destaca saúde mental, educação socioemocional e histórias que geram impacto positivo“, finaliza.
O projeto quer entender melhor como as notícias estão impactando nos pilares anteriormente citados. Por isso, durante o Web Summit Rio, lançaram uma pesquisa para investigar os impactos das mídias sociais e das notícias sensacionalistas na saúde mental. Ela pode ser respondida clicando aqui.
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