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O avanço das finanças embarcadas tem reconfigurado a maneira como os consumidores acessam serviços financeiros e como empresas, de diferentes segmentos, ampliam suas fontes de receita. Durante masterclass no Web Summit Rio, Patricia Fischer, CRO da Zoop — fintech pertencente ao iFood — apresentou dados que dimensionam esse movimento: o embedded finance já movimenta R$ 23 bilhões por ano no Brasil e US$ 148 bilhões globalmente.
“O embedded finance já faz parte da nossa rotina. Quando pedimos um Uber, compramos comida pelo iFood ou financiamos uma compra no varejo, estamos utilizando finanças embarcadas sem perceber”, afirmou a executiva.
O que é Embedded Finance
O modelo permite que empresas de setores não financeiros ofereçam produtos bancários integrados às suas plataformas — como pagamentos, crédito ou contas digitais — sem precisar operar como instituições financeiras. Isso viabiliza, por exemplo, o pagamento por uma corrida no próprio aplicativo ou a contratação de parcelamento no checkout de uma loja virtual.
A combinação entre desintermediação bancária, desenvolvimento de APIs e crescimento das fintechs tem contribuído para a adoção do modelo em larga escala.
Regulação e inovação no mercado nacional
Na avaliação de Fischer, o Brasil tem se destacado no cenário global por conta do ambiente regulatório favorável. “O Bacen tem incentivado empresas a criar soluções mais modernas, fazendo com que mais empresas apostem em estratégias de embedded finance”, disse.
O avanço do Pix também foi citado como exemplo da maturidade do mercado local. Em 2024, a ferramenta movimentou R$ 26 trilhões, um aumento de 54% em relação ao ano anterior — superando os Estados Unidos em algumas soluções de pagamento digital.

Na avaliação de Fischer, o Brasil tem se destacado no cenário global por conta do ambiente regulatório favorável
Soluções práticas
Entre os modelos mais populares de finanças embarcadas no país estão os pagamentos integrados a aplicativos e plataformas, que dispensam redirecionamentos ou etapas adicionais. Outra tecnologia em crescimento é o Tap to Pay, já utilizado por 50% da população brasileira.
Segundo Fischer, a personalização das soluções é um dos diferenciais competitivos. “É um diferencial fundamental. O embedded finance sempre entrega uma solução com a cara do cliente. A Zoop oferece toda a infraestrutura e operação, mas a identidade visual é do cliente. A pessoa que efetua o pagamento, lá na ponta, muitas vezes nem percebe que pagou pela Zoop”, explicou.
Perspectivas e tendências
A executiva também apresentou exemplos internacionais, como o uso massivo de pagamentos por biometria na China. No Brasil, além da adoção de tecnologias por aproximação, cresce o interesse pelo conceito de unified commerce — que integra canais físicos e digitais de venda. Segundo os dados compartilhados, 80% dos consumidores já transitam entre os dois ambientes, o que pressiona as empresas a eliminar fricções e tornar a jornada de compra mais fluida.
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