Francisco foi um testemunho vivo da missão, afirma Cardeal Reina

O Cardeal Vigário para Diocese de Roma, Baldassare Reina, celebrou o terceiro dos nove dias de luto da Igreja pela morte do Papa Francisco

Da redação, com Vatican News

O Cardeal Vigário para Diocese de Roma, Baldassare Reina, durante o terceiro do Novemdiales / Foto: Joyce Mesquita – CN

A missa do terceiro dia do novendiali (período de nove dias de oração e luto) pelo Papa Francisco foi presidida nesta segunda-feira, 28, pelo Vigário para Diocese de Roma, Cardeal Baldassare Reina. A Basílica de São Pedro acolheu a celebração. No início de sua homilia, o cardeal falou sobre a dor da perda que é compartilhada com o Povo de Deus, que lamenta não apenas o adeus ao Bispo de Roma, mas que se sente como um “ovelha sem seu pastor”. 

O purpurado recordou como os Apóstolos, apesar do trabalho incansável e exaustivo, esforçaram-se para levar sinais de esperança e amor tangível a um mundo dilacerado — gestos simples como toque, misericórdia e palavras sem julgamentos — sinais de que a vida e o bem prevalecem sobre a morte e o mal. Esse espírito apostólico, observou ele, ecoou no Ministério do Papa Francisco: uma dedicação que se exauriu no serviço, culminando em uma última efusão de bênçãos em seu Domingo de Páscoa.

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Não há tempo para nostalgia

No entanto, o Cardeal Baldassare alertou que o presente não é um momento para nostalgia ou recuo motivado pelo medo. Em vez disso, a Igreja é chamada à fidelidade radical — a abraçar um novo céu e uma nova terra, sem sucumbir à tentação de se apegar a certezas do passado ou a alianças mundanas.

A verdadeira fidelidade, argumentou o Cardeal, também significa discernir o espírito das reformas iniciadas pelo Papa Francisco e persegui-las com coragem, buscando uma liderança que resista ao medo e às concessões mundanas e permaneça enraizada na compaixão e na unidade do Evangelho.

Apoiando-se no Evangelho de João, o Cardeal Baldassare refletiu sobre a parábola do grão de trigo que deve morrer para dar fruto. Semear em tempos de fome, como descreve o salmista, exige uma fé extraordinária — oferecer até mesmo as últimas reservas em um ato aparentemente desesperado de confiança.

Seguindo o caminho designado por Francisco

O Cardeal comparou os últimos atos públicos do Papa Francisco com este ato radical de semear até a morte. Francisco foi um testemunho vivo da missão de Jesus, o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas.

O Cardeal Baldassare concluiu invocando a Bem-Aventurada Virgem Maria, protetora do povo romano, para acompanhar e guardar a Igreja enquanto ela continua no caminho traçado por seu falecido pastor, lembrando aos fiéis que a morte não é o fim, mas a sementeira da ressurreição.

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