

Larissa conta que ganhou o Jeep no sorteio da empresa onde trabalhava; após alguns meses, ela foi demitida – Foto: Internet/Divulgação/ND
Larissa Amaral, uma jovem de 25 anos, ganhou no sorteio da empresa de contabilidade onde trabalhava um Jeep Compass avaliado em mais de R$ 100 mil. Porém, poucos meses após a grande sorte, ela perdeu o carro e foi demitida.
O fato, que ocorreu em Santos, no Litoral de São Paulo, ganhou repercussão na sexta-feira (25). A jovem explicou que gastou cerca de R$ 10 mil para consertar o veículo.
Entenda o caso
Por meio da internet, Larissa explicou que, no fim de 2024, a empresa onde trabalhava realizou um sorteio entre os funcionários. “Para a minha sorte, fui vencedora do prêmio que seria um Jeep Compass”, detalhou.
Porém, segundo ela, o veículo apresentava diversos defeitos mecânicos. Com isso, ela gastou cerca de R$ 10 mil para consertá-lo. “Algo que não era combinado”, apontou.
Ainda, Larissa detalha que a empresa impôs algumas condições para manter o prêmio, como continuar trabalhando no local por mais de um ano e bater metas, que incluíam organizar uma campanha de doação em nome da empresa. “Mas com recursos do meu próprio bolso ou com doações que eu mesma teria que dar um jeito de arrecadar”, destaca.
Larissa foi demitida
A funcionária contou que tentou negociar o reembolso dos custos, porém foi demitida. “Imagina você ganhar algo e ter a obrigação de todos os dias se cobrar, se avaliar e gastar em nome de uma empresa para manter algo que você ganhou, absurdo”, afirma.
Jeep foi para a empresa
Além da demissão, Larissa contou que a empresa pegou de volta o carro, sem a autorização dela, mesmo com o documento em processo de transferência para o seu nome.
“Juridicamente tentei um acordo com total boa-fé com a empresa, mas eles se negam a solucionar o caso sem me humilhar ainda mais. Por isso, resolvi tornar o caso público. Vou lutar pela minha honra e dignidade, que estão destruídas por causa disso”, confirma.

O caso aconteceu em Santos e ganhou repercussão nesta semana – Foto: Internet/Divulgação/ND
O que diz a empresa?
A empresa, Quadri Contabilidade, se manifestou sobre o caso por meio de nota e afirmou que o Jeep Compass mencionado foi adquirido exclusivamente para uma campanha interna de incentivo.
Segundo a empresa, o objetivo era valorizar a equipe e impulsionar os resultados. “A ação premiava temporariamente o desempenho de colaboradores com a posse e uso do veículo por 12 meses, conforme metas estipuladas e contrato formal”, afirma.
Ainda, a empresa destaca que o carro nunca foi prometido como doação imediata nem entregue como propriedade definitiva. “O contrato firmado previa de forma expressa que a transferência definitiva do veículo ocorreria apenas em 13/12/2025, após o cumprimento integral das condições por 12 meses”, afirma.
Durante o período, o veículo permaneceria em nome da empresa e, por responsabilidade jurídica, foi feito um comunicado de transferência ao Detran.
Segundo a nota, esse é um mecanismo usado para proteção legal, a fim de isentar a empresa de eventuais responsabilidades em caso de acidentes, multas ou sinistros nesse período.
“O instrumento de comunicação foi devidamente assinado tanto pela ex-colaboradora quanto pelo vendedor, sem que se efetivasse qualquer transferência de propriedade. A empresa reitera que jamais teria o interesse de realizar a doação de um veículo com a subsequente retomada, conforme tem sido indevidamente divulgado”, afirma a empresa.
Sobre a demissão de Larissa
A empresa afirma que o vínculo com a colaboradora foi encerrado por questões éticas e comportamentais, com documentação comprobatória. “Com isso, e conforme previsto em contrato, o veículo foi devolvido à empresa. Tudo dentro dos limites legais e com a devida cautela jurídica”.
“A Quadri Contabilidade sempre prezou pela integridade, seriedade e valorização de seus colaboradores. A empresa está preparada para apresentar toda a documentação e provas em instâncias jurídicas, caso necessário”, finalizou.