
O meteoro que cruzou o céu de Santa Catarina e foi visto por moradores de Brusque na noite de quarta-feira, 23, é conhecido como bola de fogo, por provocar clarões durante sua passagem. O jornal O Município conversou com o coordenador de Observação Astronômica do Núcleo de Estudo e Observação Astronômica José Brazilício de Souza (NEOA-JBS), Alexandre Amorim, que explicou o fenômeno.
O meteoro, também chamado de bólido, é formado por meteoroides que, ao passarem pela atmosfera terrestre, são aquecidos e provocam o popular fenômeno conhecido como estrela cadente.
Praticamente todos os dias, algum bólido atravessa a atmosfera terrestre em alguma parte do mundo. A questão é onde ele pode ser observado. Contudo, em uma determinada região, pode-se esperar semanas ou até meses para testemunhar esse tipo de fenômeno.
“Os meteoros são extremamente comuns. Se uma pessoa dedicar uma ou duas horas observando o céu à noite, pode ver cinco ou mais meteoros aleatórios nesse intervalo. Grãos de tamanhos diferentes resultam em meteoros de maior ou menor brilho. Nas épocas das chamadas ‘chuvas de meteoros’, essa frequência pode alcançar dezenas de meteoros em apenas uma hora”, explica o coordenador.
Alexandre afirma ainda que, no momento em que atravessa a atmosfera terrestre, o meteoroide é pulverizado e se dissipa na própria atmosfera.
Com as redes de videomonitoramento, é possível registrar vários desses fenômenos. No Brasil, há pelo menos duas redes dedicadas ao monitoramento de meteoros: BRAMON e EXOSS. Os dados do meteoro visto na noite de quarta ainda estão sendo analisados.
Tamanho do meteoro
O meteoro visto em Brusque era maior que um grão de areia. Mesmo sem a informação precisa sobre seu tamanho, Alexandre diz que, sendo rochoso, ele pode ter alguns centímetros de diâmetro — variando entre o tamanho de uma bola de tênis até algo maior que uma bola de futebol.
Ele cita como exemplo o bólido de Cheliabinsk, na Rússia, que explodiu em 15 de fevereiro de 2013, provocado por um objeto rochoso com cerca de 17 metros de diâmetro.
Os dados referentes à passagem desse bólido ainda estão sendo analisados. Até a publicação, 66 relatos de observação já foram submetidos à Organização Internacional de Meteoros (IMO). Os relatos podem ser acessados publicamente no site Fireballs.
Com base nesses relatos, é possível calcular a trajetória real do objeto durante sua passagem pela atmosfera. Confira:

Alexandre afirma que os estudos continuam com o objetivo de descobrir qual era a órbita do objeto antes de entrar na atmosfera e se, após sua dissipação, ele deixou fragmentos na superfície terrestre.
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