

Ex-presidente Fernando Collor segue preso em Maceió e aguarda decisão do STF – Foto: Roque de Sá/ Agência Senado/ND
Fernando Collor, ex-presidente do Brasil, seguirá preso na superintendência da Polícia Federal em Maceió, Alagoas, até que o STF (Supremo Tribunal Federal) defina o local para o cumprimento da pena. Ele foi detido na madrugada desta sexta-feira (25).
Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a determinação do local da prisão é competência do STF e não cabe à polícia decidir. Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nas investigações da Operação Lava Jato.
A prisão ocorreu por volta das 4h, no Aeroporto de Maceió, após ordem de Alexandre de Moraes, ministro do STF. A decisão tem como base a ação penal 1025, da qual o magistrado é relator. O ex-presidente deve cumprir oito anos e dez meses em regime fechado.
Moraes solicitou ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, a convocação de sessão virtual extraordinária do Plenário para referendo da decisão, sem prejuízo do início imediato do cumprimento da pena. A sessão virtual foi marcada por Barroso para esta sexta-feira, entre 11h e 23h59.
A condenação de Fernando Collor
Collor foi condenado por envolvimento em contratos irregulares da BR Distribuidora com a UTC Engenharia. De acordo com a decisão, o ex-presidente teria recebido R$ 20 milhões por meio de empresários para favorecer indicações políticas na estatal e viabilizar contratos de construção de bases de combustíveis.

Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nas investigações da Operação Lava Jato – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ND
Além de Collor, a ordem também atinge dois condenados no mesmo processo. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos deve cumprir quatro anos e um mês em regime semiaberto. Luís Pereira Duarte de Amorim começará a cumprir penas restritivas de direitos.
O ND Mais tentou localizar as defesas do Fernando Collor de Mello e dos demais citados, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.