

Polícia Federal apreendeu mais de R$ 60 milhões em imóveis e veículos de luxo dos investigados em 2024 – Foto: Divulgação/PF/ND
A Polícia Federal cumpre mandados de prisão contra quatro policiais civis acusados de corrupção em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (25). A investigação aponta que os agentes cobravam propina de funkeiros e influenciadores.
A operação Latus Actio 3 conta com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Os quatro policiais investigados faziam parte do 6º Distrito policial de Santo André. Justiça determinou a quebra do sigilo bancário e o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Mauá e Santo André.

Funkeiro MC Paiva é um dos envolvidos no esquema de corrupção na Polícia Civil – Foto: MC Paiva/@mcdavipaiva/Instagram
A investigação começou em março de 2024, quando a polícia identificou um grupo que arrecadava dinheiro indevido dentro da repartição policial. A primeira fase da operação Latus Actio apreendeu mais de R$ 60 milhões em imóveis e veículos de luxo.
A segunda fase, deflagrada em dezembro de 2024, prendeu um policial civil e afastou outro do serviço. O funkeiro paulista MC Paiva foi um dos alvos de busca e apreensão.
Entenda como funcionava esquema de policiais que cobravam propina de funkeiros
Segundo a Polícia Federal, os quatro policiais cobravam propina de funkeiros e influenciadores suspeitos de realizar sorteios ilegais nas redes sociais. A prática pode configurar contravenção penal por exploração de jogos de azar e crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

Agentes cobravam propina de funkeiros para não prosseguir com investigações de rifas ilegais – Foto: Divulgação/SSP-SP/ND
Dessa forma, os policiais abriam investigações para apurar os crimes, somente com o pretexto de exigir dinheiro dos investigados para não dar prosseguimento aos inquéritos. Os oficiais devem responder por corrupção ativa e passiva, além de participação em organização criminosa.
Com informações da Agência Brasil