A história de Palhoça: das casas de palhas ao cercamento digital de segurança pública. Por Alexandre Silveira de Sousa

Em seu artigo, Alexandre Silveira de Sousa celebra os 131 anos de emancipação política de Palhoça, destacando a origem histórica da cidade como um ponto estratégico para a segurança da Ilha de Santa Catarina, ainda no século XVIII.

Palhoça completa 131 anos de emancipação política nesta quinta-feira, 24 de abril, e em memória dos registros históricos, é oportuno lembrar: a ocupação territorial que daria origem ao município nasceu sob uma preocupação com a segurança da Ilha de Santa Catarina.

Em julho de 1793, o então governador João Alberto Miranda Ribeiro solicitou ao Conde Rezende, vice-rei do Brasil, que nomeasse Caetano Silveira de Mattos ao posto de capitão do Forte de São Francisco Xavier da Praia de Fora e capitão da Companhia da Infantaria Auxiliar da Freguesia de São José, com o objetivo de fortalecer as defesas da Ilha a partir do continente. Naquele documento histórico que abriga a solicitação, o governador mencionou as “palhoças”, casas de pau-a-pique com telhado de palha, construídas por Caetano e sua entourage para armazenar farinha de mandioca na Terra Firme.

Era o início de uma trajetória centenária de contínuo desenvolvimento que nos traz à Palhoça de 2025: uma cidade em impressionante crescimento demográfico e econômico, que oferece abrigo seguro e qualidade de vida àqueles que a escolhem como lar.

O crescimento demográfico provoca desafios à gestão pública. Especialmente em uma cidade que praticamente dobrou de população nos últimos 15 anos, chegando a uma estimativa de 245.477 habitantes em 2024 e alcançando a posição de sétimo município mais populoso do estado. Além disso, foi a cidade com o maior aumento populacional da região metropolitana, conforme o último censo do IBGE. Felizmente, Palhoça cresce com desenvolvimento, com avanços em infraestrutura, com geração de emprego e oportunidades, e fundamentalmente, com segurança.

A preocupação da gestão pública é a de estruturar o município de forma que o crescimento não provoque impactos negativos nos serviços básicos oferecidos à população. E quando o assunto é segurança pública, Palhoça apresenta números que nos enchem de orgulho. Em 2024, nossa Terra Querida destacou-se no Anuário Brasileiro de Segurança Pública como uma das mais seguras do país.

O município ocupou a 5ª posição no ranking de cidades mais seguras entre aquelas com população entre 200 mil e 500 mil habitantes. Além disso, foi reconhecida como a cidade litorânea mais segura do Brasil, reforçando sua posição como um verdadeiro paraíso para moradores e turistas que buscam em seus balneários lazer com tranquilidade.

O reconhecimento externo é um carimbo para a competência das ações que têm sido implementadas pela administração pública. Não é fácil atingir os índices que atingimos, especialmente em uma região metropolitana de capital. Temos exemplos bem preocupantes em outros estados da Federação. O desafio é gigantesco, e os números positivos são fruto de muito trabalho, de integração entre as forças de segurança e de muita vontade política de quem está na linha de frente, liderando a cidade. As sementes foram plantadas lá atrás e agora começamos a colher os frutos.

O placar está confortável, mas o jogo não está ganho. Sabemos que o município vai continuar crescendo em ritmo acelerado e precisamos seguir cuidando da nossa segurança pública com zelo e firmeza. Seguimos investindo forte, e neste aniversário os munícipes ganharão de presente um novo sistema de videomonitoramento, inspirado no moderno conceito de “cidades inteligentes”.

Palhoça será totalmente cercada com câmeras de alta resolução, com reconhecimento facial, leitor de placa de veículos e integração com o sistema Córtex, do Ministério da Justiça – caso um cidadão identificado pelas câmeras esteja com mandado prisão ativo, a central recebe um alerta e as forças de segurança são acionadas. É assim, com investimento em tecnologia e inteligência, que continuaremos trabalhando para deixar um legado permanente, que seja lembrado pelos próximos 131 anos: o de uma Palhoça cada vez mais segura, cada vez mais cidadã, lar de uma população orgulhosa em viver nesta cidade linda e acolhedora.


Alexandre Silveira de Sousa (PP) é vereador por Palhoça.

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