Dengue impulsiona alta ocupação hospitalar em SC, afirma secretária de Saúde

A alta taxa de ocupação hospitalar em Santa Catarina é influenciada pelos casos de dengue, segundo a secretária de Saúde do Estado, Carmen Zanotto. Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (8) na sede da NDTV – Record TV, a gestora detalhou as medidas do governo para aliviar a alta demanda.

Dengue impulsiona lotação de leitos em Santa Catarina

Secretária de Saúde de Santa Catarina diz que dengue impulsiona lotação dos leitos no estado – Foto: Reprodução/Cristiano Andujar/ND

Dengue e outras doenças

Segundo Zanotto, serão credenciados 48 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Santa Catarina por conta da dengue. A secretária afirmou ainda que as doenças respiratórias e o aumento das cirurgias eletivas também impulsionam a alta taxa de ocupação no Estado.

Ao todo, os leitos de UTI adulto estão com 95,63% de ocupação, com apenas 39 vagas disponíveis, nenhuma delas na Grande Florianópolis, de acordo com os dados do governo catarinense.

Novos leitos credenciados em meio ao aumento de casos de dengue

Novos leitos de UTI inaugurados pela Secretaria de Saúde ao longo dos últimos dois anos  – Foto: Divulgação/ND

No entanto, segundo a secretária, o estado oferece uma solução.

“Quando não há leitos disponíveis em determinada unidade hospitalar, o paciente é referenciado para outra unidade, com transporte garantido pelo Estado, seja terrestre, com ambulância UTI, ou aéreo, que também conta com suporte de UTI para a remoção”.

“Tivemos a abertura de 158 leitos de UTI no ano passado. Não faltou nenhum leito de enfermaria em Santa Catarina até o momento. Isso porque abrimos novos leitos. No ano passado, foram 150 leitos e mais 8 leitos nestes últimos dias”, explica Zanotto.

Segundo a secretária, essa medida mantém a taxa de ocupação dos leitos de UTI Neonatal e Pediátrico em torno de 85% a 86%.

Carmen Zanotto falou sobre dengue e outros assuntos na sede da NDTV

Carmen Zanotto falou com o repórter Paulo Mueller sobre ampliação de leitos e outros temas da saúde catarinense – Foto: Bruno Benetti/ND

Novos leitos

De acordo com a secretária, os novos leitos abertos pelo estado serão nas seguintes cidades:

  • 15 leitos em Lages;
  • 10 leitos em Joaçaba;
  • 5 leitos no Hospital Regional de Joaçaba; e
  • 5 leitos no Hospital Regional de Chapecó.

“Temos ainda leitos para serem abertos em Itajaí e leitos aqui no Hospital São José. Portanto, devemos ampliar essa oferta de leitos, que passará de 40. Com certeza, se conseguirmos otimizá-los todos, ficarão à disposição da população”, conta.

 

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Cirurgias eletivas

Segundo a secretária, desde que o governador Jorginho Mello (PL) assumiu o governo, em 2023, foram realizadas 405.896 cirurgias, das quais 157 mil eram eletivas.

“Na oftalmologia, por exemplo, o tempo de espera para uma cirurgia de catarata é de 60 a 90 dias em algumas regiões”, diz.

aumentam os números de cirurgias eletivas em SC; dengue ainda impulsiona falta de leitos

Aumentam os números de cirurgias eletivas em Santa Cataria – Foto: Divulgação/Hospital Santo Antônio/Reprodução/ND

“Em 2023 e 2024, tivemos um aumento significativo no número de novos pacientes. Além disso, há planos para implementar três novos serviços na Grande Florianópolis que aumentarão a celeridade: o Hospital dos Olhos do Lions, em Palhoça; e o serviço de linha de cuidado na cirurgia de oftalmologia em São José. Há ainda o complexo hospitalar em Florianópolis, previsto para ser concluído pela prefeitura, que abrigará esses três serviços sob gestão municipal”, explica.

Segundo a secretária, esses novos serviços serão remunerados de acordo com a tabela Santa Catarina, que combina recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) com recursos do tesouro estadual.

“Isso permitirá a transferência de pacientes menos complexos dos hospitais regionais para essas novas unidades hospitalares, liberando assim recursos para a realização de cirurgias oftalmológicas de média e alta complexidade”, diz.

Cobertura vacinal

“Quanto à vacinação, Santa Catarina enfrenta desafios na cobertura vacinal, especialmente em municípios com equipes incompletas de agentes de endemia. O estado tem buscado junto ao Ministério da Saúde o apoio necessário para garantir a reposição desses profissionais”, fala.

A enfermeira e secretária de Saúde explica que a campanha de vacinação contra a gripe está em andamento, com mais de 3 milhões de doses disponíveis. No entanto, a cobertura vacinal ainda está baixa, sendo crucial que a população se vacine para prevenir complicações e reduzir a sobrecarga nos hospitais.

Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 11% do público-alvo para vacinação contra a gripe foi vacinado contra a doença em Santa Catarina.

 

 

 

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