FMI Diz Ser Provável Que Ganhos Econômicos com IA Superem Custo de Suas Emissões de Carbono

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Os ganhos econômicos com a inteligência artificial aumentarão a produção global em cerca de 0,5% ao ano entre 2025 e 2030, superando os custos do crescimento das emissões de carbono de data centers necessários para executar modelos de IA, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (22).

Um relatório do FMI divulgado em sua reunião anual de primavera em Washington observou, no entanto, que esses ganhos de produção não serão compartilhados igualmente em todo o mundo e pediu às autoridades governamentais e às empresas que minimizem os custos para a sociedade em geral.

“Apesar dos desafios relacionados aos preços mais altos da eletricidade e às emissões de gases de efeito estufa, os ganhos com IA para o PIB global provavelmente superarão o custo das emissões adicionais”, afirmou.

“O custo social dessas emissões extras é pequeno em comparação com os ganhos econômicos esperados da IA, mas ainda assim contribui para o preocupante acúmulo de emissões”, afirmou no relatório intitulado “Fome de Força: Como a IA Conduzirá a Demanda por Energia”.

A adoção da IA está gerando um aumento na demanda por poder de processamento de dados com uso intensivo de energia nos próximos anos, mesmo com o mundo lutando para cumprir as promessas de redução das emissões de carbono.

O relatório do FMI observou que o espaço dedicado a armazéns cheios de servidores no norte da Virgínia, que tem a maior concentração de data centers do mundo, já é aproximadamente equivalente à área útil de oito Empire States.

O Fundo estimou que as necessidades globais de eletricidade impulsionadas pela IA podem mais do que triplicar para cerca de 1.500 terawatts-hora (TWh) até 2030 – aproximadamente o mesmo que o consumo atual de eletricidade da Índia e 1,5 vez maior do que a demanda esperada de veículos elétricos no mesmo período.

A pegada de carbono desse aumento de demanda dependerá, em parte, do fato de as empresas de tecnologia conseguirem cumprir as promessas de reduzir as emissões dos data centers por meio do aumento do uso de energias renováveis e de outros meios.

O FMI estimou que a forte adoção da IA significaria, de acordo com as políticas energéticas atuais, um aumento cumulativo global de 1,2% nas emissões de gases de efeito estufa entre 2025 e 2030.

Usando um valor de US$ 39 (R$ 223,8 na cotação atual) por tonelada para quantificar o custo social dessas emissões, o custo extra foi estimado em US$ 50,7 bilhões (R$ 290,9 bilhões) a US$ 66,3 bilhões (R$ 380,5 bilhões) – menor do que os ganhos de renda associados ao aumento anual de 0,5% do PIB global que, segundo o estudo, a IA poderia gerar.

Analistas independentes afirmam que o impacto econômico e ambiental da IA dependerá, em grande parte, de como ela será utilizada e, principalmente, se ela poderá gerar ganhos de eficiência no uso de energia ou padrões de consumo geral mais sustentáveis.

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