Conclave: conheça os principais candidatos a se tornarem o novo papa

 Cardeais de todo o mundo irão se reunir para eleger o sucessor do Papa Francisco, que faleceu nesta segunda-feira (21) em Roma, na Itália. A escolha de novo líder acontece em um ritual conhecido como conclave.

Quando um papa morre, nove dias de luto são declarados e o enterro ocorre entre o 4º e o 6º dia após a morte. O funeral é organizado pelo camerlengo (título do tesoureiro nomeado da Santa Sé), que também organiza o conclave que escolhe o próximo papa. Atualmente, essa função de camerlengo é desempenhada pelo cardeal irlandês Kevin Farrell.

 Os cardeais devem se reunir no Vaticano entre o 15º e o 20º dia após a morte do papa, onde ficarão em acomodações especiais enquanto as eleições acontecem. Cerca de 120 cardeais participam do processo eleitoral – no momento, há 252 cardeais em todo o mundo, mas aqueles com mais de 80 anos não têm permissão para votar.

O novo papa irá assumir o papel de orientar cerca de 1,3 bilhão de fiéis católicos ao redor do mundo em um período de grandes desafios globais.

conheça os principais candidatos a se tornarem o novo papa 

Cardeal Pietro Parolin (Itália):
Italiano de 70 anos, é considerado um dos favoritos a se tornar o novo papa. Secretário de Estado do Vaticano desde 2013, é próximo ao Papa Francisco e atua como diplomata desde 1986, com experiência em países de maioria não cristã. É formado em Direito Canônico e tem reputação de ser um articulador eficaz.

Cardeal Matteo Zuppi (Itália)
Também com 70 anos, é presidente da Conferência Episcopal Italiana e tem uma postura progressista, alinhada ao Papa Francisco. Participa da Comunidade de Sant’Egidio e atuou como enviado especial no conflito entre Rússia e Ucrânia. Defende maior inclusão na Igreja, incluindo o diálogo com a comunidade LGBTQIA+.

Cardeal Pierbattista Pizzaballa (Itália)
Com 60 anos, lidera a Igreja no Oriente Médio como Patriarca Latino de Jerusalém. Trabalha pelo diálogo inter-religioso e atua no conflito Israel-Palestina, mantendo relação com líderes judeus e muçulmanos. Defende também os palestinos.

Cardeal Jean-Marc Aveline (França/Argélia)
Franco-argelino de 88 anos, atua na França e tem forte trabalho com imigrantes muçulmanos. Nomeado cardeal em 2022, é identificado como “bergogliano” por seu alinhamento com o Papa Francisco.

Cardeal José Tolentino de Mendonça (Portugal)
Português de 60 anos, atua como prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação. Poeta e intelectual, é progressista e alinhado ao papa atual. Já foi bibliotecário da Santa Sé e reitor da Universidade Católica Portuguesa.

Cardeal Mario Grech (Malta)
Maltês de 68 anos, é secretário-geral do Sínodo dos Bispos desde 2020. Tem postura voltada ao diálogo inter-religioso e justiça social. É doutor em Direito Canônico.

Cardeal Péter Erdő (Hungria)
Conservador, de 72 anos, foi nomeado cardeal por João Paulo II em 2003. Defende a “nova evangelização” e combate à secularização. Tem boas relações com líderes ortodoxos e judeus do Oriente.

Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas)
Filipino de 67 anos, pode ser o primeiro papa do Extremo Oriente. Presidiu a Caritas Internacional e é reconhecido por sua atuação em justiça social e defesa dos direitos humanos.

Cardeal Wilton Gregory (Estados Unidos)
Afro-americano de 78 anos, foi o primeiro cardeal negro dos EUA, nomeado em 2020. Defende igualdade racial, justiça social e ações contra mudanças climáticas. Trabalha também contra os abusos na Igreja.

Cardeal Blase Cupich (Estados Unidos)
Americano de 76 anos, é progressista e defensor de uma Igreja mais inclusiva. Nomeado em 2016, é focado em questões sociais e acolhimento de marginalizados.

Cardeal Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo)
Congolês de 65 anos, nomeado em 2019. É referência na defesa da paz e justiça social em seu país, marcado por conflitos armados desde os anos 1990.

Cardeal Sérgio da Rocha (Brasil)
Brasileiro nascido no interior de São Paulo, foi nomeado cardeal em 2016. Possui vasta formação acadêmica e posturas progressistas. Em 2021, celebrou uma missa em memória de vítimas LGBTQIA+ assassinadas no Brasil.

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