

Líderes mundiais e instituições lamentam a morte do Papa Francisco – Foto: Divulgação/Vatican News/ND
A morte do Papa Francisco, confirmada pelo Vaticano na manhã desta segunda-feira (21), gerou uma onda de comoção e homenagens em todo o mundo.
O pontífice, que tinha 88 anos, foi lembrado por chefes de Estado, líderes religiosos e fiéis como um homem dedicado ao serviço da Igreja e um defensor incansável da paz, da dignidade humana e dos marginalizados.
O mundo está em luto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou luto oficial de sete dias em todo o território nacional pela morte do Papa Francisco, falecido nesta segunda-feira (21).
Em uma publicação nas redes sociais, Lula destacou a importância do pontífice para o mundo: “A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos.”
Prefeituras catarinenses
Além do governo federal, prefeituras catarinenses também prestaram homenagens ao líder da Igreja Católica.
Em Criciúma, o prefeito Vagner Espindola e o vice-prefeito Salesio Lima manifestaram solidariedade à Igreja e aos fiéis pela perda do Papa. Reconhecendo a relevância de seu legado como líder espiritual, chefe de Estado do Vaticano e defensor da paz, o município decretou luto oficial de três dias.
Já em Joinville, a Arquidiocese organizou um cronograma de homenagens. Às 12h desta segunda-feira, os sinos de todas as igrejas da cidade soaram em sinal de luto.
A partir das 15h, os sinos tocarão de hora em hora até o início da noite. Às 18h, na Catedral São Francisco Xavier, o arcebispo Dom Francisco preside uma missa em intenção da alma do Papa Francisco, reunindo fiéis em oração pelo descanso do Santo Padre.
Em Florianópolis, o prefeito Topázio Neto, anunciou que o município decretou luto oficial de três dias em homenagem ao Papa Francisco, que faleceu no Vaticano aos 88 anos.
Ritos fúnebres do Papa Francisco
Tradicionalmente, o funeral de um papa é celebrado seis dias após sua morte e presidido pelo decano do Colégio dos Cardeais. Após a cerimônia e o período de novemdiales, nove dias de orações, o Colégio dos Cardeais, composto por membros com menos de 80 anos, se reunirá em conclave para eleger o novo pontífice.
Diferente da maioria de seus antecessores, que foram sepultados na cripta da Basílica de São Pedro, o Papa Francisco escolheu em vida um local especial: a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma.
A igreja, localizada no bairro Esquilino, era frequentemente visitada por ele em momentos de oração diante do ícone de Maria, “Salus Populi Romani”. A última vez que um papa foi sepultado ali foi em 1903, com Leão XIII.
Até a escolha do sucessor, a administração interina da Igreja Católica ficará sob responsabilidade do cardeal Kevin Farrell, que assumiu o governo do Vaticano.
Líderes mundiais e instituições religiosas lamentam a morte do Papa Francisco
Logo após o anúncio oficial feito pelo Cardeal Kevin Farrell, na Casa Santa Marta, no Vaticano, líderes de diferentes nações prestaram homenagens.
O primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, classificou Francisco como “um homem do povo em todos os sentidos”. Já a presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, descreveu o papa como “um grande líder espiritual e um incansável defensor da paz”.
O primeiro-ministro da Escócia, John Swinney, também se pronunciou, destacando Francisco como “uma voz pela paz, pela tolerância e pela reconciliação” ao longo de seu papado.
Entre os líderes norte-americanos, o presidente Donald Trump utilizou sua rede Truth Social para lamentar a perda: “Descanse em paz, Papa Francisco! Que Deus o abençoe e a todos que o amavam.”
Joe Biden, ex-presidente dos Estados Unidos, destacou que Francisco “será lembrado como um dos líderes mais importantes do nosso tempo” e frisou que ele “foi diferente de todos os que vieram antes dele”.
Na Irlanda, país de forte tradição católica, as homenagens ressaltaram a postura humilde e progressista do pontífice. O presidente Michael D. Higgins afirmou que o Papa abordou seu papado com uma “humildade única” e defendeu com firmeza “a dignidade humana, os pobres e os marginalizados”.
Já o primeiro-ministro Micheál Martin reforçou que Francisco “ocupava um lugar especial no coração do povo irlandês”.
O rei Charles III, do Reino Unido, também manifestou pesar pela morte do Papa, a quem havia visitado no início do mês, ao lado da rainha Camilla. Em nota, destacou o compromisso de Francisco com “a unidade da Igreja, a compaixão e as causas comuns de todas as pessoas de fé, além do seu incansável trabalho em prol dos mais necessitados”.
Em sinal de luto, a bandeira do Reino Unido será hasteada a meio mastro nas residências reais onde o monarca não estiver presente. Uma cerimônia simbólica também foi organizada: a tradicional troca da guarda será acompanhada por uma música fúnebre.

Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, irá presidir uma missa – Foto: Enilton Kirchhof/FAB/ND
O que diz a nota da Arquidiocese de São Paulo?
A Arquidiocese de São Paulo manifestou pesar pela morte do Papa Francisco, falecido na manhã desta segunda-feira, 21 de abril, no Vaticano. Em nota oficial, a instituição destacou o luto pelo falecimento do Santo Padre e convidou os fiéis a se unirem em oração pelo descanso eterno do pontífice.
Como forma de homenagem, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, irá presidir uma missa em sufrágio do Papa Francisco ainda nesta segunda-feira, às 12h, na Catedral da Sé, no centro da capital paulista.
Antes da celebração, às 11h, Dom Odilo concederá uma entrevista coletiva, também na Catedral, para comentar a perda do líder máximo da Igreja Católica. A Arquidiocese informou que novas informações sobre homenagens e cerimônias serão divulgadas em breve.