Após Antonieta e Paulinha, Campagnolo assume 1ª Secretaria da Alesc

Em 1937, Antonieta de Barros foi a primeira mulher a assumir como 1ª secretária da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Em 2023, 86 anos depois, a deputada estadual Paulina (Podemos) foi eleita para o cargo que agora passa a ser ocupado por outra mulher, a deputada estadual Ana Campagnolo (PL).

Antagonicamente, enquanto Antonieta foi uma ativa defensora da emancipação feminina, Ana Campagnolo, a deputada estadual mais votada da última eleição com mais de 196 mil votos, é conservadora e antifeminista.

O que elas têm em comum? O fato de serem professoras e de ampliarem o protagonismo feminino nas páginas da história catarinense.

Campagnolo assume o novo cargo reforçando o discurso conservador entre seus eleitores e ampliando a polarização entre direita e esquerda nos espaços do poder do legislativo. Um confronto ao tom conciliador que o parlamento vivenciou na eleição do agora presidente, deputado Julio Garcia (PSD).

Em vídeo publicado na sua rede social, a deputada afirma que agora seus seguidores terão “uma legítima representante conservadora presidindo a corregedoria da Assembleia.”

A parlamentar garante que assumiu o compromisso de ser justa na nova missão, mas faz questão de alfinetar: “Mas quem pode garantir que a esquerda agiria de forma leal ocupando a mesma cadeira”. Ela justifica a fala citando projetos de sua autoria que estariam parados na Casa legislativa.

À frente da 1ª secretaria, Campagnolo assume a distribuição das matérias às comissões, a assinatura dos atos da Mesa e das atas, a recepção das proposições e mensagens governamentais, além de presidir a Corregedoria. Um trabalho a ser pautado pelos interesses dos catarinenses e das necessidades prioritárias para o desenvolvimento do estado.

Foto: Agência ALESC

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