Departamento de Justiça Americano Pressiona Google para Venda do Chrome

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Logo do Google desfocado em um fundo preto

Logo do Google desfocado em um fundo preto

O Google foi fundado em 1998

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) solicitou a um juiz federal, Amit Mehta, na última quarta-feira (20), que o Google vendesse seu navegador Chrome e fizesse mudanças na forma como o mecanismo de busca funciona no sistema operacional móvel Android.

O Chrome é o navegador mais usado no mundo e um pilar dos negócios do Google, fornecendo informações sobre o usuário que ajudam a empresa a direcionar anúncios de forma mais eficaz.

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As propostas buscam interromper o monopólio do Google em pesquisa online e seriam implementadas ao longo de até uma década. Elas incluem o fim de acordos exclusivos, nos quais a gigante de tecnologia paga bilhões de dólares anualmente à Apple e a outros fornecedores de dispositivos para tornar seu mecanismo de busca padrão em tablets e smartphones.

Além disso, há a proibição do Google de reentrar no mercado de navegadores por cinco anos e a insistência para que ele venda seu sistema operacional móvel Android, caso outras soluções não consigam restaurar a concorrência.

“O comportamento ilegal do Google privou os rivais não apenas de canais de distribuição essenciais, mas também de parceiros de distribuição que poderiam, de outra forma, permitir a entrada de concorrentes nesses mercados de maneiras novas e inovadoras”, disseram o DOJ. O Departamento também solicitou a proibição ao Google de comprar ou investir em rivais de pesquisa, produtos de inteligência artificial baseados em consultas ou tecnologia de publicidade.

A proposta para o Chrome

O DOJ também quer impedir que o mecanismo de busca do Google tenha acesso preferencial a plataformas e serviços de sua propriedade, como o YouTube e o Gemini. Outras propostas incluem exigir que o Google forneça seus resultados de busca e sinais de classificação dos EUA para rivais por 10 anos, além de permitir que outras empresas acessem seu índice de busca a um custo marginal.

Em uma postagem de blog, o Google criticou as medidas propostas e acusou o DOJ de buscar uma ação intervencionista A empresa argumentou que a proposta colocaria em risco a segurança e a privacidade de milhões de americanos.

No entanto, o Departamento ressalta que tal solução exigiria uma supervisão rigorosa e, caso o Google não implemente as mudanças corretamente, o tribunal deveria forçar a empresa a vender o Android. Segundo a Associated Press, a audiência sobre as soluções começará em abril, e o juiz planeja emitir sua decisão final antes do Dia do Trabalho.

Chances baixas de ocorrer?

Segundo o relatório do Itaú BBA, a separação do Chrome do Google é um risco que pode impactar, principalmente, as receitas de pesquisa do Google. Essa consequência é estimada entre 5% e 30%, pois se a participação do Google Search no Chrome e Safari for de 97% e no Edge for de 30%, o impacto nas receitas seria de apenas 5%. No entanto, se a contribuição nos navegadores padrão for de 99% e no Edge for de 50%, o impacto poderá chegar a 30%.

Apesar do risco parecer baixo, o Itaú BBA mantém uma perspectiva pessimista para a GOOGL devido a pressões competitivas, já que o navegador Chrome detém uma participação de mercado de 67%, e os buscadores padrão de pesquisa do Google (Chrome + Safari) representam 85% da participação de mercado.

A magnitude desse impacto dependeria de diversos fatores, incluindo a redistribuição da participação de mercado do Chrome e a participação do campo de pesquisa do Google nos outros navegadores.

O estudo ainda avalia um potencial comprador: a Microsoft, que poderia monetizar o Chrome através do Bing.

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