Coluna do Loetz: O que esperar de Joinville após as eleições

A campanha acabou. O que vem pela frente

O período de campanha eleitoral está acabando. As eleições serão neste domingo. Em Joinville, como na grande maioria das cidades brasileiras, o interesse das pessoas por política é muito pequeno. Isso é uma pena, pois o futuro se constrói por meio da política institucionalizada. São os partidos políticos e as eleições regularmente realizadas que alicerçam a democracia.

Em Joinville, quatro temas dominaram a atenção e as promessas dos candidatos: a questão da saúde pública, em especial o debate sobre o futuro da gestão do Hospital Municipal São José; os problemas de mobilidade urbana; a carência de vagas em creches públicas e a urgência de pavimentar 600 quilômetros de ruas.

Diante do cenário mais que provável da vitória do atual prefeito Adriano Silva (NOVO), já no primeiro turno, o desenho para os próximos anos está praticamente definido. Sim, haverá licitação para entregar a administração do São José para uma organização social, e haverá alguma gritaria contra.

Sim, o prefeito eleito terá de buscar muitos recursos com o Estado, a União e em organismos privados para realizar as essenciais obras de mobilidade, sob pena de Joinville travar, literalmente, com o trânsito congestionado.

As ruas de lama ou pó nas periferias necessitam de asfalto ou paver com a máxima urgência. São 600 quilômetros de vias onde a população ainda vive na metade do século passado. O aumento do número de vagas em creches é absolutamente fundamental, considerando a expansão populacional do município, principalmente via migração intensa de trabalhadores e suas famílias para Joinville.

E, claro – não vou esquecer – já passou da hora dos moradores de Joinville terem parques públicos de verdade. A exemplo de Curitiba, Blumenau, ou até mesmo Jaraguá do Sul, onde uma empresa administra o conhecido Parque Malwee.

Joinville tem outros problemas, natural em cidades em constante crescimento excepcional. Mas, se o próximo prefeito encaminhar soluções e resolver parte dessas demandas, já será um grande avanço.

Quem vencer terá muito trabalho a fazer. E, neste domingo, os eleitores também elegerão 19 vereadores, que tanto proporão e votarão leis quanto fiscalizarão as ações do Executivo. Votar é muito importante, e há mais de 250 mil eleitores que ainda não escolheram em quem votar para o Legislativo municipal.


A frase que resume tudo

Supermercado virou igreja. Quando você entra, ouve os fiéis (ops, clientes) repetirem: “Meu Deus! Nossa Senhora! Misericórdia! Jesus amado!”. E não é porque os consumidores se tornaram religiosos, não. É puro susto e desespero ao verem os preços dos produtos.


Banho quente

O mercado de duchas ficou aquecido nesta semana. A empresa Zagonel, de Pinhalzinho, no Oeste catarinense, confirmou a aquisição das marcas de duchas Corona e Thermosystem, que pertenciam ao grupo paulista Dexco. O CADE ainda precisa aprovar o negócio.

A Zagonel também atua nos segmentos de iluminação pública e iluminação profissional. A companhia projeta faturar R$ 1 bilhão em 2029.

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