Mortes no Monte Cristo evidenciam perigosa coincidência e deixam Florianópolis em alerta

Há uma perigosa e tênue relação entre as mortes registradas, nos últimos dias, na região do Monte Cristo, parte continental de Florianópolis. Ambas, a julgar pelo histórico das vítimas com comprovado vínculo em uma facção, evidenciam o fortalecimento enraizado do crime organizado no local, e igualmente expõe uma postura policial agressiva frente ao crime.

Matheus Gabriel da Silva tinha 19 anos - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Matheus Gabriel da Silva tinha 19 anos – Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Mateus da Silva Nascimento tinha 23 anos - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Mateus da Silva Nascimento tinha 23 anos – Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Matheus Gabriel da Silva, de 19 anos, foi morto durante uma operação da PCSC (Polícia Civil de Santa Catarina) na quinta-feira (7), pela manhã.

Já Mateus da Silva Nascimento, de 23 anos, foi morto durante a manifestação dos moradores do Chico Mendes, dois dias depois, justamente no protesto envolvendo a primeira vítima.

Segundo apurado pela Coluna Bom Dia, em parceria com a reportagem do Grupo ND, ambos tinham passagens policiais e evidentes envolvimentos com a facção que comanda a região do Monte Cristo.

Protesto registrado no Monte Cristo, na última terça-feira (12) – Foto: Divulgação/ND

Matheus, que foi morto na quinta-feira, possuía passagens por roubo, furto e tráfico. A Polícia Civil revela que ele estava armado e teria tentado fugir ao ver os agentes.

Já a segunda morte, registrada no último sábado, envolveu Mateus Nascimento que era natural do Paraná e, segundo boletim de ocorrência estava armado no momento em que foi alvejado após ação da Polícia Militar.

Apesar de não constar com passagens em Santa Catarina, ele estava em processo de “aceite” da facção  local, onde cumpria uma espécie de “estágio” ao passar por funções como olheiro.

Os episódios aqueceram os ânimos e levaram moradores, portando balões brancos, às ruas do bairro para um pedido de paz, já na última terça-feira (12).

À margem de um cenário que evidencia a medição de força entre as forças de segurança e o crime organizado, ficam famílias e crianças inocentes.

A tensão está no ar e, ao que tudo indica, não deve diminuir nos próximos dias.

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