Fúria devastadora: Furacão Beryl é mais novo extremo climático do ano

O furacão Beryl detonou os parâmetros para intensificação e assustou especialistas ao atingir a categoria 5 em menos de dois dias. Para eles, isso é só o começo da feroz da temporada de furacões em 2024, que se soma à lista de extremos climáticos deste ano.

Furacão Beryl atingiu categoria máxima em menos de dois dias

Furacão Beryl atingiu a categoria 5 em apenas dois dias – Foto: MOJO AI/ND

Beryl saiu do estágio de depressão tropical e foi para um furacão de categoria máxima (5) em menos de dois dias. Nunca um furacão categoria 5 havia se formado em tão pouco tempo na temporada e ao sul na Bacia do Atlântico Norte.

Segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), furacões de categoria 5 podem chegar a 260 km/h com rajadas de vento de 300 km/h. Eles geralmente se formam no meio da temporada (setembro), quando as águas do Atlântico foram aquecidas pelo verão do Hemisfério Norte.

Carriacou ficou totalmente destruída

Litoral da Ilha de Carriacou, em Granada, ficou destruída – Foto: MetSul/Reprodução/ND

Aquecimento do Oceano Atlântico formou o furacão Beryl

Segundo a OMM, desde 2020, o Oceano Atlântico está acima da média de temperatura (3°C acima da média). Esse aquecimento está associado ao El Niño, principal fator das enchentes no Rio Grande do Sul, à seca histórica de 2023 na Amazônia e ao calor que atingiu todo o Brasil.

Outro fator é La Niña, que causa o resfriamento das águas do Oceano Pacífico. O fenômeno causa uma anomalia ao resfriar as águas e reduz as variações de ventos do Oceano Atlântico – deixando a atmosfera propícia para a formação de furacões.

Aquecimento do Atlântico e impactos do resfriamento do Pacífico criaram o Beryl

Aquecimento do Atlântico causou o furacão Beryl – Foto: MetSul/Reprodução/ND

Beryl teve 6 horas de ventos ininterruptos no Caribe

O furacão Beryl destruiu Granada, na região do caribe, após seis horas ininterruptas de ventos a 264 km/h. Embora tenha arrasado a Ilha de Carriacou, em Granada, poderia ter causado danos muito maiores caso tivesse atingido áreas densamente povoadas.

Na última segunda-feira (1), o primeiro-ministro de Grana, Dickon Mitchell, disse em uma conferência que a ilha de Carriacou, em Granada, havia sido arrasada em apenas 30 minutos. Mitchell descreveu as cenas como “semelhantes ao Armagedom”.

“Tendo visto isso pessoalmente, não há realmente nada que possa prepará-lo para ver este nível de destruição. É quase como o Armagedom. Danos ou destruição quase total de todos os edifícios, sejam eles edifícios públicos, residências ou instalações privadas”, disse Mitchell.

Carriacou, na Granada, foi devastada pelo Beryl

Ilha de Carriacou em Granada teve seis horas ininterruptas de ventos de 260 km/h – Foto: Internet/Reprodução/ND

Segundo o primeiro-ministro, aproximadamente 98% das estruturas de edifícios na ilha, assim como o sistema de rede elétrica e telecomunicações também foram danificados.

“Devastação e destruição completa da agricultura, destruição completa e total do ambiente natural. Não há literalmente nenhuma vegetação em nenhum lugar da ilha de Carriacou”.

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