Rio Grande do Sul expande o número de hospitais de campanha em resposta às enchentes

O Ministério da Saúde confirmou que a cidade de Novo Hamburgo, na grande Porto Alegre, passará a contar com um Hospital de Campanha, a partir da semana que vem. Esta será a décima unidade instalada no Rio Grande do Sul, desde que as enchentes atingiram o Estado.

Rio Grande do Sul expande o número de hospitais de campanha em resposta às enchentes

Hospital de campanha de Porto Alegre – Foto: Gabriel Galli /Ministério da Saúde/Divulgação

A estrutura ficará junto à UPA Centro, no bairro Rio Branco, e deve auxiliar a suprir a demanda gerada pela tragédia climática e pela inoperância de unidades de saúde. “Estamos mobilizados em intensas tratativas com os governos federal e estadual, buscando recursos e ações para nossa cidade”, destaca a prefeita da cidade, Fátima Daudt.

Hospitais de Campanha no Rio Grande do Sul

Os hospitais de campanha são espaços de assistência médica, mantidos em caráter temporário, para atender a população durante emergências ou desastres, em regiões em situação de calamidade pública.

A cidade de Canoas, na região metropolitana, teve mais de 70% das unidades de saúde atingidas pelas enchentes e, por isso, conta com dois hospitais de campanha: um, em funcionamento desde o dia 5 de maio, junto ao Hospital Universitário, e outra, desde o dia 9, instalado no complexo do Hospital Nossa Senhora das Graças.

“A Força Nacional está trabalhando não apenas para prestar assistência direta aos afetados, mas para garantir uma estrutura e eficiente de resposta às emergências, em ações coordenadas com outros órgãos e voluntários para maximizar o suporte oferecido à comunidade”, explica a coordenadora da Força Nacional do SUS em Canoas, Juliana Lima

Em Porto Alegre, a unidade que está em funcionamento tem capacidade para receber duzentos pacientes por dia, com serviço 24 horas. A estrutura possui três consultórios e uma sala de medicação, e conta com seis médicos, três enfermeiros e oito técnicos de enfermagem na equipe, todos sob a coordenação da enfermeira Cecília Soster.

Um dos hospitais de campanha do Rio Grande do Sul – Foto: Gabriel Galli /Ministério da Saúde/Divulgação

“Estamos recebendo pacientes de menor gravidade, que acabam representando o maior volume também. A gente tem recebido muitos casos de gastroenterite, casos de diarreia, vômitos, situações que podem ter relação com a situação de calamidade do estado”, afirma.

Outras quatro unidades já estão em funcionamento no Rio Grande do Sul, nas cidades de Guaíba, Estrela, Eldorado do Sul, São Leopoldo. Mais duas unidades serão implementadas na capital gaúcha e contarão com operação do Exército Brasileiro. Além do Exército, os profissionais que atuam nos hospitais de campanha são vinculados à Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira, Força Nacional e Sistema Único de Saúde (SUS).

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