Por Emerson Stein, secretário estadual de Meio Ambiente e Economia Verde
Há momentos na vida pública que não se apagam. Este 21 de maio foi um desses. Durante o I Seminário Catarinense de Combate ao Lixo no Mar, reunimos vozes de todos os setores da sociedade — poder público, setor privado, academia, sociedade civil — para discutir um dos maiores desafios do nosso tempo: o combate à poluição marinha.
Mais do que um evento, este dia representou um marco. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semae) firmou o Pacto de Santa Catarina por um Oceano Limpo, em parceria com a Cátedra da UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano. Um compromisso público e coletivo que coloca nosso estado na vanguarda da proteção marinha no Brasil, com metas claras para a redução da poluição e o fortalecimento da sustentabilidade no nosso litoral.
Os números não mentem: o Brasil ocupa hoje a 8ª posição no ranking mundial de poluição marinha por plásticos. E como bem pontuamos no seminário, os efeitos dessa crise já não se limitam ao oceano — microplásticos já foram detectados em nossos corpos e até no leite materno. Estamos sufocando os ecossistemas marinhos e colocando em risco a própria saúde humana.
Mas ainda temos fortes motivos para acreditar na mudança. Tive a honra de conhecer pessoalmente iniciativas que provam que é possível fazer diferente. Em Gaspar, por exemplo, uma escola Lixo Zero ensina as crianças a transformar óleo de cozinha usado em sabão. Um gesto simples, mas profundamente poderoso. Ali, sustentabilidade não é uma teoria distante — é prática vivida todos os dias. E é nesse tipo de ação, enraizada na educação e na cidadania, que começa a verdadeira mudança.
O pacto que assinamos é só o primeiro passo. A crise do lixo no mar não será resolvida por uma única pessoa ou instituição. Ela exige a colaboração de todos, o engajamento constante e a inclusão desse tema como prioridade nas políticas públicas. O Governo de Santa Catarina tem clareza dessa urgência e está comprometido com soluções inovadoras e duradouras.
Seguimos juntos, com esperança, coragem e trabalho. Que este pacto seja o começo de uma nova era para os nossos mares — e que possamos garantir que as futuras gerações herdem um oceano limpo, saudável e vivo.
