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A grande maioria dos executivos seniores dos Estados Unidos quer que pelo menos um membro do conselho de suas empresas seja substituído. Um número crescente acredita que os conselheiros estão interferindo demais na gestão, segundo nova pesquisa da PwC e do The Conference Board.
A pressão dos investidores aumentou nos últimos anos, enquanto diretores e conselhos estão impondo exigências cada vez mais rigorosas uns aos outros para enfrentar a volatilidade política, a incerteza regulatória e as mudanças no comportamento do consumidor.
Agora que os conselheiros estão sendo escolhidos com base em competências específicas, os gestores sentem cada vez mais que eles estão ultrapassando seus limites, mostrou o estudo.
Os conselhos existem para preservar o valor para os acionistas da empresa, supervisionando os executivos e substituindo aqueles que não entregam resultados. Muitos membros de conselhos também ocupam cadeiras em várias companhias.
Os números
Entre 520 altos executivos de empresas públicas dos EUA entrevistados entre setembro e novembro de 2024, 93% disseram querer substituir ao menos um conselheiro — o maior índice desde que a pesquisa começou, há cinco anos —, e 78% afirmaram que dois ou mais conselheiros deveriam ser trocados.
As principais preocupações dos entrevistados estavam relacionadas à idade avançada dos conselheiros, citada por 56%, e ao fato de que muitos acumulam cargos em vários conselhos, apontado por 47%. Apenas 32% acreditam que seus conselhos possuem as habilidades e conhecimentos adequados. “No ambiente acelerado de hoje, ser ‘bom o suficiente’ não é suficiente”, disse Ray Garcia, líder do Governance Insights Center da PwC.
Cerca de 32% dos gestores relataram que conselheiros interferiram em decisões operacionais do dia a dia — como tentar influenciar contratações de nível médio ou pressionar por fornecedores específicos —, o dobro dos 16% que relataram isso no ano anterior.
Por outro lado, o número de executivos que disseram que seus conselhos estão fazendo um bom ou excelente trabalho subiu de 30% para 35%.
“À medida que os conselhos adicionam membros com profundo conhecimento técnico em áreas como cibersegurança, clima, capital humano e transformação digital, esses indivíduos podem se sentir tanto capacitados quanto compelidos a se envolver mais diretamente”, concluiu o estudo.
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