{"id":93610,"date":"2025-03-27T17:09:56","date_gmt":"2025-03-27T20:09:56","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia6.jornalfloripa.com.br\/agencia6\/93610"},"modified":"2025-03-27T17:09:56","modified_gmt":"2025-03-27T20:09:56","slug":"mobilizacao-na-assembleia-legislativa-defende-papel-social-da-casan","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia6.jornalfloripa.com.br\/agencia6\/93610","title":{"rendered":"Mobiliza\u00e7\u00e3o na Assembleia Legislativa defende papel social da Casan"},"content":{"rendered":"
Durante mobiliza\u00e7\u00e3o na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), trabalhadores da Companhia Catarinense de \u00c1guas e Saneamento (Casan) manifestaram apoio \u00e0 continuidade da empresa como uma estatal p\u00fablica. O movimento ressaltou os potenciais riscos de uma privatiza\u00e7\u00e3o para a popula\u00e7\u00e3o e reafirmou a relev\u00e2ncia social da companhia para os catarinenses.<\/p>\n
Atualmente, a Casan presta servi\u00e7os a 194 munic\u00edpios, o que corresponde a 40% da popula\u00e7\u00e3o. A maioria das cidades atendidas s\u00e3o de pequeno porte.<\/p>\n
Segundo o deputado Fabiano da Luz (PT), autor do requerimento que viabilizou a mobiliza\u00e7\u00e3o dos trabalhadores no Legislativo, \u00e9 fundamental esclarecer que uma empresa estatal n\u00e3o tem como objetivo principal o lucro, o que permite investimentos em infraestrutura de \u00e1gua e saneamento em munic\u00edpios menores. Em contrapartida, ele argumenta que uma empresa privada n\u00e3o ter\u00e1 interesse em investir em regi\u00f5es sem retorno financeiro.<\/p>\n
\u201cSe observarmos a Petrobras, que foi parcialmente privatizada, os acionistas n\u00e3o est\u00e3o preocupados com o pre\u00e7o acess\u00edvel do combust\u00edvel, mas sim com os lucros que podem obter\u201d, enfatiza o parlamentar.<\/p>\n
O representante dos trabalhadores no conselho de administra\u00e7\u00e3o da Casan, Haneron Victor Marcos, enfatizou que \u00e1gua e saneamento s\u00e3o direitos universais, independentemente da condi\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica das pessoas. Ele menciona a crise h\u00eddrica em S\u00e3o Paulo ap\u00f3s a privatiza\u00e7\u00e3o da Sabesp como exemplo negativo.<\/p>\n
\u201cSanta Catarina \u00e9 composta majoritariamente por pequenos munic\u00edpios, grande parte deles deficit\u00e1rios. Muitos nem sequer comportam um tratamento de esgoto. Por\u00e9m, a Casan sempre os acolheu com tarifas acess\u00edveis, subs\u00eddios e na perspectiva de que \u00e1gua \u00e9 um direito humano\u201d, afirma Haneron.<\/p>\n
Um ponto crucial levantado pelos manifestantes \u00e9 a necessidade de regionaliza\u00e7\u00e3o do saneamento no estado, que atualmente \u00e9 um dos \u00faltimos a n\u00e3o definir esse modelo. De acordo com Haneron, sem essa defini\u00e7\u00e3o, a partir de dezembro a empresa pode perder recursos federais e enfrentar desafios na renova\u00e7\u00e3o de contratos.<\/p>\n
A privatiza\u00e7\u00e3o de uma empresa p\u00fablica requer referendo popular e aprova\u00e7\u00e3o dos deputados catarinenses. Mesmo com esse mecanismo de prote\u00e7\u00e3o, nos \u00faltimos meses o governador Jorginho Mello (PL) tem sinalizado a possibilidade de conceder a estatal para um grupo privado.<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Durante mobiliza\u00e7\u00e3o na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), trabalhadores da Companhia Catarinense de \u00c1guas e Saneamento (Casan) manifestaram apoio \u00e0 continuidade da empresa como uma estatal p\u00fablica. O movimento ressaltou os potenciais riscos de uma privatiza\u00e7\u00e3o para a popula\u00e7\u00e3o e reafirmou a relev\u00e2ncia social da companhia para os catarinenses…. Continue lendo