Supermercados nos EUA querem liderar o movimento “Comida como Medicina”<\/div>"},"content":{"rendered":"

$\"Yagi$ <\/p>\n

Yagi Studio\/Guetty<\/div>\n

Pesquisa mostra que movimento \u201cComida como medicina\u201d avan\u00e7a<\/p>\n<\/div>\n

A FMI (The Food Industry Association), organiza\u00e7\u00e3o que representa um mercado de US$ 800 bilh\u00f5es nos EUA, divulgou os resultados de seu mais recente relat\u00f3rio de pesquisa, \u201cContribui\u00e7\u00f5es da Ind\u00fastria Aliment\u00edcia para a Sa\u00fade e o Bem-Estar 2024\u201d, na semana passada, destacando o foco da ind\u00fastria aliment\u00edcia em capacitar os consumidores a comer de forma mais saud\u00e1vel e oferecer programas para auxiliar em sua jornada.<\/p>\n

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A pesquisa da FMI, que representou mais de 11 mil lojas de 36 empresas, mostra que 84% dos varejistas de alimentos que responderam est\u00e3o operando com estrat\u00e9gias de nutri\u00e7\u00e3o, sa\u00fade e bem-estar. Este \u00e9 o primeiro relat\u00f3rio da FMI que coletou resultados tanto de varejistas de alimentos quanto de marcas de produtos embalados e servir\u00e1 como refer\u00eancia em sa\u00fade e bem-estar para a ind\u00fastria aliment\u00edcia.<\/p>\n
O relat\u00f3rio da FMI afirma que os programas \u201cComida como Medicina\u201d, que conectam servi\u00e7os de alimentos e nutri\u00e7\u00e3o para melhorar a sa\u00fade, est\u00e3o ganhando impulso em todo os EUA. De acordo com o documento, a ind\u00fastria aliment\u00edcia sempre desempenhou um papel importante na seguran\u00e7a alimentar e na seguran\u00e7a nutricional. Muitos desses esfor\u00e7os do \u201cComida como Medicina\u201d, especialmente quando implementados em bairros residenciais e apoiados por nutricionistas, t\u00eam se mostrado bem-sucedidos na mudan\u00e7a de comportamento e na melhoria da sa\u00fade.<\/p>\n
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D3sign\/Guetty<\/div>\n
Pesquisa da FMI aponta que consumidor quer aderir cada vez mais ao \u201cComida como Medicina\u201d<\/p>\n<\/div>\n
Em fevereiro de 2021, o conselho da FMI adotou e anunciou seu compromisso e pol\u00edtica sobre \u201cComida como Medicina\u201d. O relat\u00f3rio mostra que 59% dos entrevistados classificaram a preven\u00e7\u00e3o e a promo\u00e7\u00e3o da sa\u00fade e do bem-estar como a principal \u00e1rea de foco para funcion\u00e1rios e clientes.<\/p>\n
Supermercados lideram a iniciativa \u2018Comida Como Medicina\u2019<\/h2>\n
Os supermercados est\u00e3o reconhecendo cada vez mais seu papel fundamental na sa\u00fade p\u00fablica e est\u00e3o fazendo esfor\u00e7os concentrados para liderar o movimento \u201cComida como Medicina\u201d. Essa iniciativa busca alavancar o poder de alimentos saud\u00e1veis e nutritivos para prevenir, gerenciar e at\u00e9 reverter certas condi\u00e7\u00f5es de sa\u00fade, reduzindo assim a depend\u00eancia de medicamentos convencionais. Ao fazer isso, os supermercados est\u00e3o se transformando de meros varejistas de alimentos em centros de bem-estar que oferecem solu\u00e7\u00f5es abrangentes de sa\u00fade e nutri\u00e7\u00e3o aos seus clientes.<\/p>\n
Na vanguarda desse esfor\u00e7o est\u00e1 a integra\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os liderados por nutricionistas dentro dos supermercados. Esses profissionais s\u00e3o contratados para fornecer aconselhamento nutricional personalizado, realizar tours pelas lojas destacando escolhas saud\u00e1veis e organizar workshops que ensinam os clientes a ler r\u00f3tulos, entender informa\u00e7\u00f5es nutricionais e fazer sele\u00e7\u00f5es alimentares mais saud\u00e1veis. A abordagem educacional capacita os consumidores a tomar decis\u00f5es sobre suas dietas e estilo de vida.<\/p>\n
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5 previs\u00f5es para alimentos e tecnologias agro em 2024<\/li>\n
Tend\u00eancias alimentares para 2024 v\u00e3o de comidas antigas a guloseimas e personaliza\u00e7\u00f5es<\/li>\n
10 novos alimentos que chegar\u00e3o aos nossos pratos na pr\u00f3xima d\u00e9cada<\/li>\n<\/ul>\n
Outro aspecto significativo desse movimento \u00e9 a colabora\u00e7\u00e3o com prestadores de cuidados de sa\u00fade. Alguns supermercados est\u00e3o se associando a cl\u00ednicas e hospitais para desenvolver programas de prescri\u00e7\u00e3o de alimentos. Esses programas permitem que m\u00e9dicos receitem alimentos saud\u00e1veis para pacientes com condi\u00e7\u00f5es de sa\u00fade espec\u00edficas, como diabetes ou hipertens\u00e3o, com o supermercado oferecendo descontos ou vouchers para os alimentos prescritos. Isso n\u00e3o apenas torna os alimentos saud\u00e1veis mais acess\u00edveis, mas tamb\u00e9m refor\u00e7a a conex\u00e3o entre dieta e sa\u00fade.<\/p>\n
Os supermercados est\u00e3o (e devem estar) na vanguarda do movimento \u201cComida como Medicina\u201d, porque tamb\u00e9m passaram a empregar uma abordagem multifacetada que inclui educa\u00e7\u00e3o, curadoria de produtos, parcerias de sa\u00fade e inova\u00e7\u00e3o digital.<\/p>\n
$\"FMI_Divulga\u00e7\u00e3o\"$ <\/p>\n
FMI_Divulga\u00e7\u00e3o<\/div>\n
Krystal Register, diretora s\u00eanior de sa\u00fade e bem-estar da FMI, diz que pesquisa mostra dados contundentes<\/p>\n<\/div>\n
Krystal Register, diretora s\u00eanior de sa\u00fade e bem-estar da FMI, que liderou o estudo, disse que \u201ca alimenta\u00e7\u00e3o saud\u00e1vel claramente se tornou uma prioridade para os compradores, e o supermercado continua evoluindo como um destino acess\u00edvel e baseado na comunidade para sa\u00fade e bem-estar\u201d.<\/p>\n
Ao longo da \u00faltima d\u00e9cada, muitos supermercados contrataram nutricionistas, ofereceram aulas de nutri\u00e7\u00e3o na loja e no online, realizaram exames de sa\u00fade, forneceram receitas de pratos e adicionaram sistemas de classifica\u00e7\u00e3o nutricional com sinaliza\u00e7\u00e3o nas prateleiras para ajudar seus compradores a navegar por um cen\u00e1rio que, \u00e0s vezes, tem sido confuso. Na pesquisa, 65% relataram oferecer incentivos para encorajar a compra de alimentos melhores, por meio de cupons, vouchers, reembolsos e descontos.<\/p>\n
Durante a coletiva de imprensa para a apresenta\u00e7\u00e3o do estudo, Register destacou que um esfor\u00e7o significativo est\u00e1 em curso, com 78% dos varejistas de supermercados e marcas reformulando seus produtos para oferecer op\u00e7\u00f5es mais saud\u00e1veis; com mais da metade planejando reduzir s\u00f3dio e a\u00e7\u00facares adicionados em cereais, p\u00e3es, produtos assados e alimentos congelados, bem como nos portf\u00f3lios de suas marcas pr\u00f3prias.<\/p>\n
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Outra prioridade para 45% das empresas pesquisadas \u00e9 adicionar ingredientes \u2018ben\u00e9ficos\u2019 a seus produtos como parte de um plano de reformula\u00e7\u00e3o. Uma em cada quatro empresas tamb\u00e9m citou ajustar tamanhos de por\u00e7\u00e3o, o que poderia ser uma tentativa de conter os pre\u00e7os inflacion\u00e1rios ou atender \u00e0 necessidade do consumidor por controle de por\u00e7\u00f5es, especialmente diante da crescente popula\u00e7\u00e3o que agora est\u00e1 utilizando medicamentos para perda de peso GLP-1, classe de medicamentos baseados em semaglutida e liraglutida, como o Ozempic, por exemplo.<\/p>\n
Nutricionistas ganham lugar \u00e0 mesa<\/h2>\n
Nutricionistas agora, tamb\u00e9m \u2018t\u00eam um lugar \u00e0 mesa de lideran\u00e7a\u2019, disse Register, com 71% dos empregados em supermercados ou marcas operando no n\u00edvel corporativo e desempenhando pap\u00e9is-chave em estrat\u00e9gia geral, marketing, comunica\u00e7\u00e3o, quest\u00f5es regulat\u00f3rias e legislativas, seguran\u00e7a alimentar, com\u00e9rcio eletr\u00f4nico e merchandising digital. A pesquisa constatou que, dos entrevistados, 82% dos supermercados empregam nutricionistas.<\/p>\n
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Voyagerix_Guetty<\/div>\n
Nutricionistas t\u00eam papel de destaque ao orientar consumidor nas lojas<\/p>\n<\/div>\n
Como um dos poucos profissionais baseados em ci\u00eancia, nos supermercados, durante a pandemia de Covid-19, esses nutricionistas intervieram para elevar o conhecimento e a import\u00e2ncia da sa\u00fade e do bem-estar em suas organiza\u00e7\u00f5es, buscando entender melhor como satisfazer as necessidades de seus compradores.<\/p>\n
Por sua vez, eles ganharam valor para a organiza\u00e7\u00e3o das empresas, o que ajudou a criar uma base s\u00f3lida para desenvolver as iniciativas de sa\u00fade e bem-estar dos varejistas. De fato, a pesquisa constata que 46% dos presidentes de empresas, CEOs e lideran\u00e7as de marketing est\u00e3o impulsionando iniciativas de sa\u00fade e bem-estar.<\/p>\n
Refei\u00e7\u00f5es em fam\u00edlia s\u00e3o prioridade<\/h2>\n
A iniciativa \u201cRefei\u00e7\u00f5es em Fam\u00edlia\u201d da Funda\u00e7\u00e3o FMI, fundada em 2015, foca na import\u00e2ncia dos n\u00facleos familiares comerem juntos para melhorar a conectividade e a comunica\u00e7\u00e3o. Como resultado, fam\u00edlias que se alimentam juntas t\u00eam dietas melhores em geral e consomem mais frutas e vegetais.<\/p>\n
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The Good Brigade\/Guetty<\/div>\n
Refei\u00e7\u00f5es em fam\u00edlia \u00e9 um dos pontos nevr\u00e1lgicos que a pesquisa levanta<\/p>\n<\/div>\n
A pesquisa da FMI constatou que 75% das empresas do setor aliment\u00edcio est\u00e3o promovendo ativamente a alimenta\u00e7\u00e3o comunit\u00e1ria, como refei\u00e7\u00f5es em fam\u00edlia, e que 90% incluem mensagens nutricionais em suas promo\u00e7\u00f5es de alimenta\u00e7\u00e3o comunit\u00e1ria. Cinquenta e seis por cento dos respondentes da ind\u00fastria aliment\u00edcia disseram que suas empresas empregam um chef ou profissional de culin\u00e1ria no n\u00edvel corporativo e que 79% desses disseram que, trabalhando com nutricionistas, desenvolvem receitas com base em crit\u00e9rios de sa\u00fade e bem-estar. Na loja, 43% disseram que desenvolveram solu\u00e7\u00f5es de refei\u00e7\u00e3o com base em crit\u00e9rios de sa\u00fade e bem-estar ao trabalhar com nutricionistas registrados.<\/p>\n
Impacto das redes sociais na sa\u00fade e bem-estar<\/h2>\n
Para comunicar informa\u00e7\u00f5es sobre nutri\u00e7\u00e3o, sa\u00fade e bem-estar, o principal alcance ao cliente da ind\u00fastria de alimentos, por 100% dos entrevistados, foi relatado por meio das redes sociais, com 33% dizendo que o canal \u00e9 muito eficaz. N\u00e3o surpreendentemente, o ve\u00edculo mais eficaz, por 64% dos que utilizam o canal, foi atrav\u00e9s de farmac\u00eauticos em lojas, destacando a import\u00e2ncia da sa\u00fade, nutri\u00e7\u00e3o e bem-estar como uma iniciativa.<\/p>\n
Outro dado, que profissionais de marketing tradicionais ficar\u00e3o felizes em saber, \u00e9 que o segundo meio mais bem classificado como eficaz foi o encarte semanal da loja, refor\u00e7ando a necessidade de os varejistas (e marcas) inclu\u00edrem suas mensagens de sa\u00fade tanto em impressos quanto em encartes digitais para alcan\u00e7ar todas as gera\u00e7\u00f5es de compradores.<\/p>\n
O relat\u00f3rio da FMI tamb\u00e9m constata que 52% est\u00e3o fornecendo mensagens de nutri\u00e7\u00e3o baseadas em evid\u00eancias como a melhor maneira de combater as tend\u00eancias equivocadas sobre sa\u00fade \u00e0s quais os compradores est\u00e3o expostos, e que isso \u00e9 uma oportunidade para a ind\u00fastria.<\/p>\n
\u00c0 medida que os programas \u201cComida como Medicina\u201d continuam a ganhar aten\u00e7\u00e3o de varejistas, marcas e compradores, o Relat\u00f3rio FMI 2024 sobre Contribui\u00e7\u00f5es da Ind\u00fastria de Alimentos para a Sa\u00fade e o Bem-Estar fornece ferramentas e insights valiosos para o mundo dos alimentos comunicar efetivamente mensagens melhores para os consumidores, ajudando a mudar os alimentos e bebidas que os estadunidenses consomem. Para a entidade, ao fazerem isso, est\u00e3o redefinindo o papel dos supermercados na sociedade, contribuindo para uma popula\u00e7\u00e3o mais saud\u00e1vel e abordando algumas das causas fundamentais de doen\u00e7as cr\u00f4nicas por meio do poder da nutri\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
*Phil Lempert<\/strong> \u00e9 colaborador da Forbes EUA e um dos principais observadores e analistas de tend\u00eancias alimentares e de consumo dos Estados Unidos. Por mais de 20 anos foi editor de tend\u00eancias alimentares e correspondente do Today show da NBC News, al\u00e9m de Good Morning America, The View, Oprah, 20\/20, CNN, CNBC e FOX.<\/em><\/p>\n
O post Supermercados nos EUA querem liderar o movimento “Comida como Medicina” apareceu primeiro em Forbes Brasil.<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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