O DNA extra\u00eddo das v\u00edtimas de Pompeia, sepultadas pela erup\u00e7\u00e3o do Monte Ves\u00favio h\u00e1 quase 2.000 anos, revelou que as rela\u00e7\u00f5es entre algumas pessoas n\u00e3o eram o que pareciam, segundo um novo estudo.<\/p>\n
Por exemplo, um adulto que usava uma pulseira de ouro e segurava uma crian\u00e7a no colo foi, por muito tempo, considerado uma m\u00e3e com seu filho. No entanto, a nova an\u00e1lise de DNA mostrou que, na realidade, tratava-se de \u201cum homem adulto n\u00e3o relacionado e uma crian\u00e7a\u201d, disse o coautor do estudo David Reich, professor de gen\u00e9tica na Harvard Medical School.<\/p>\n
Em outro caso, um casal que morreu abra\u00e7ado, anteriormente interpretado como irm\u00e3s ou m\u00e3e e filha, foi identificado como sendo, pelo menos em parte, do sexo masculino, segundo Reich.<\/p>\n
Casal que morreu abra\u00e7ado foi identificado como ambos do sexo masculino \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/ND<\/p>\n<\/div>\n
No estudo, publicado na \u00faltima quinta-feira (7) na revista Current Biology, Reich e uma equipe internacional de pesquisadores analisaram a gen\u00e9tica de cinco indiv\u00edduos que morreram na erup\u00e7\u00e3o de 79 d.C., que matou cerca de 2.000 pessoas.<\/p>\n
Quando o Monte Ves\u00favio entrou em erup\u00e7\u00e3o, ele cobriu a \u00e1rea com uma camada mortal de cinzas vulc\u00e2nicas, pedra-pomes e fluxo pirocl\u00e1stico, sepultando pessoas vivas e preservando a forma de muitos corpos nas camadas de cinzas calcificadas.<\/p>\n
As ru\u00ednas da cidade foram redescobertas apenas no s\u00e9culo XVIII. No s\u00e9culo seguinte, o arque\u00f3logo Giuseppe Fiorelli aperfei\u00e7oou a t\u00e9cnica do gesso, preenchendo os espa\u00e7os deixados pelos corpos em decomposi\u00e7\u00e3o para criar moldes das v\u00edtimas.<\/p>\n
Ru\u00ednas da cidade foram redescobertas apenas no s\u00e9culo XVIII \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/ND<\/p>\n<\/div>\n
Os moldes permitiram que estudiosos analisassem os momentos finais das v\u00edtimas e formulassem hip\u00f3teses sobre suas identidades, baseadas em detalhes como a posi\u00e7\u00e3o dos corpos, local e vestu\u00e1rio.<\/p>\n
Pesquisa analisou 14 moldes e extraiu DNA de cinco indiv\u00edduos \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/ND<\/p>\n<\/div>\n
Para a pesquisa, a equipe analisou 14 moldes e extraiu DNA de restos esquel\u00e9ticos fragmentados de cinco indiv\u00edduos. Analisando o material gen\u00e9tico, os cientistas determinaram as rela\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas, sexo e ancestralidade dos indiv\u00edduos, concluindo que as v\u00edtimas tinham uma \u201cdiversidade gen\u00e9tica\u201d significativa, principalmente descendendo de imigrantes do Mediterr\u00e2neo oriental, o que confirma a realidade multi\u00e9tnica do Imp\u00e9rio Romano.<\/p>\n
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O DNA extra\u00eddo das v\u00edtimas de Pompeia, sepultadas pela erup\u00e7\u00e3o do Monte Ves\u00favio h\u00e1 quase 2.000 anos, revelou que as rela\u00e7\u00f5es entre algumas pessoas n\u00e3o eram o que pareciam, segundo um novo estudo. Por exemplo, um adulto que usava uma pulseira de ouro e segurava uma crian\u00e7a no colo foi,… Continue lendo