A alternância do poder é tradição na OAB-SC

A eleição deve ocorrer apenas no dia 19 de novembro, mas uma polêmica começa a agitar o cenário eleitoral entre os advogados catarinenses. A reeleição da diretoria da OAB/SC (Ordem dos Advogados do Brasil) está no centro das atenções.

OAB-SC terá eleição este ano para nova diretoria – Foto: NDMais

É uma tradição da Ordem que haja alternância do poder. A eventual reeleição não é ilegal, porque o Estatuto da OAB, uma lei federal de 1994, não proíbe a renovação dos mandatos da diretoria, porém a iniciativa causou desconforto em alas de advogados que tomaram conhecimento do assunto, e se opõem à recondução da atual diretoria.

Nesta sexta-feira(5), presidentes das 54subseções que integram a entidade em Santa Catarina se reuniram em Criciúma. O encontro serviu como uma espécie de “termômetro” para medir a temperatura dos bastidores para a eleição da Ordem deste ano.

O que se observou no encontro é que a maioria se mostrou contrária à reeleição. Os grupos veem a renovação como um ponto básico do qual jamais abrirão mão, por entenderem que a revezamento de poder tem se mostrado extremamente benéfica, e assim deve continuar.

Alternância e disputa pela OAB-SC

A tendência é que a atual presidente da OAB/SC, Claudia Prudêncio, recue da busca de continuar à frente da instituição. Nomes como o de Eduardo Mello de Souza, atual vice da OAB, e de Juliano Mandelli, atual presidente da Caasc, figuram como candidatos do atual grupo que preside a entidade.

O primeiro chegou a criar insatisfação em parte do grupo que comanda a Ordem em Santa Catarina, por antecipar o pleito. O nome de Mandelli ganhou força após a reunião do colegiado, que reúne as principais lideranças da advocacia de Santa Catarina.

A tese de eleger um nome do interior do Estado, que agrega 70% dos profissionais catarinenses, tem o nome de Mandelli que atua em Balneário Camboriú como indicado para representar o grupo que comanda a Ordem em Santa Catarina.

A advocacia catarinense tem um ano decisivo, além de seguir debatendo os desafios da profissão. Terá a responsabilidade de ficar atenta a cada um dos interesses que estarão por trás das aspirações individuais. Todas as legítimas aspirações e desejos individuais precisarão caminhar e estar alinhados a um projeto coletivo.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.