Líder de facção é preso por dar aval para morte de jovem escondido em tumba de SC, diz polícia

Dois homens foram presos suspeitos de participar da morte de um jovem de 24 anos e enterrar seu corpo na tumba de uma família nesta quinta-feira (4), em São Joaquim, na Serra Catarinense.

Segundo a Polícia Civil, um deles é líder regional de uma facção e deu o aval para a execução da vítima.

Além de suposto líder de facção, suspeito de ter entregue as armas usadas no crime foi preso – Foto: Polícia Civil/Divulgação/ND

Com eles, seis suspeitos do crime foram presos pelo assassinato, que ocorreu entre o 5 e 6 de janeiro de 2024.

Segundo o delegado William Sales, da DIC (Divisão de Investigação Criminal), os envolvidos faziam parte da facção PGC (Primeiro Grupo Catarinense) e a morte ocorreu em função de um desentendimento entre a vítima e um dos suspeitos.

“O rapaz [a vítima] ia denunciar um crime tráfico de drogas um dos autores, teria filmado a casa do rapaz durante o ‘corre’ e ameaçou entregar para a polícia”, explicou.

Eles teriam brigado após a ameaça e, no mesmo dia, quando a vítima saía de uma casa noturna foi abordada pelos quatro suspeitos.

Eles ficaram esperando ele sair e andar alguns metros. Pegaram e bateram muito nele, quebraram todos os dentes da boca. Levaram para o cemitério e lá deram três tiros: um na face, um no peito e um na mão. Aí o colocaram numa com outros cadáveres na tumba de uma família”, detalha o delegado.

De acordo com o delegado, a perícia detectou pólvora em torno das perfurações dos títulos, o que significa que os suspeitos dispararam à queima-roupa, com a arma encostada no rapaz. O corpo da vítima foi jogado sobre o esqueleto dos cadáveres da família dona da tumba.

Líder da facção teria dado aval para morte de jovem

Conforme Sales, o suposto líder de facção preso teria dado o aval para a morte do jovem. Além disso, o segundo homem preso (vídeo abaixo) forneceu as armas utilizadas no crime.

Ao todo, foram seis mandados de prisão cumpridos. Quatro deles foram para os suspeitos que já estavam detidos e tiveram a prisão convertida de temporária para preventiva.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação identificou e prendeu os mandantes, os executores e os que entregaram as armas para que o assassinato ocorresse.

Eles devem responder por homicídio quintuplamente qualificado e pelo crime de integrar organização criminosa.

Vídeo mostra prisão de fornecedor de armas

Suspeito de ter entregue as armas usadas no crime foi preso – Vídeo: Polícia Civil/Divulgação/ND