Discussão entre deputados na Alesc denuncia possível violência política de gênero

A sessão desta quarta-feira (26) na Alesc foi marcada por um embate entre os deputados Paulinha (Podemos) e Ivan Naatz (PL). A parlamentar denunciou, em discurso na tribuna, ter sido vítima de violência política de gênero e mencionou ataques que teria sofrido do colega nos últimos dias.

Paulinha afirmou que, desde 18 de março, tem sido alvo de ataques em um grupo de mensagens da Bancada Parlamentar do Vale do Itajaí. Segundo ela, Naatz a chamou de “golpista” por assumir a coordenação do grupo, embora sua eleição tenha ocorrido por consenso entre os colegas. A deputada também relatou um episódio em que o parlamentar teria feito um comentário sobre sua roupa em uma publicação oficial da Alesc.

A deputada citou também a Lei 14.192/2021, que define a violência política de gênero e estabelece penas para quem tenta restringir a atuação de mulheres na política. “Se não estivermos dispostos a cultivar e cumprir essas leis, não merecemos a honra de estar aqui”, declarou Paulinha.

Na tribuna, Ivan Naatz rebateu as declarações e afirmou que “golpista não tem gênero”, criticando o que considera vitimização. “O feminismo comete erros, e um deles é a vitimização. Quem se coloca como vítima por ser mulher é fraca e não tem argumento”, disse o deputado. Ele reforçou que a discussão sobre a liderança da bancada deveria ter permanecido no grupo e não levada à Assembleia.

A deputada Luciane Carminatti também se manifestou na tribuna e sugeriu o encaminhamento do caso para a Comissão de Ética da Alesc.