PESI: a grande missão do CISO na era digital

Nos últimos anos, a Segurança da Informação tornou-se uma prioridade absoluta para empresas que operam em um ambiente cada vez mais digitalizado. O crescimento da adoção da computação em nuvem, da Internet das Coisas (IoT) e da inteligência artificial expandiu a superfície de ataque e trouxe novos desafios.

Em Santa Catarina e no Brasil, empresas de todos os portes e setores estão enfrentando desafios inéditos na proteção de seus dados, reputação e operações. A função do Chief Information Security Officer (CISO) nunca foi tão essencial.

Se antes esse profissional era apenas um gestor técnico da infraestrutura de TI, hoje ele precisa ser um estrategista, um líder e um educador, alinhado com os objetivos do negócio. A missão do CISO não é apenas mitigar riscos cibernéticos, mas transformar a segurança da informação em um diferencial competitivo e um motor de crescimento para os negócios.

No entanto, para que a segurança seja de fato eficaz, é necessário um Planejamento Estratégico de Segurança da Informação (PESI). Sem um PESI bem estruturado, a organização fica vulnerável a ameaças crescentes, à falta de conformidade regulatória e a impactos financeiros que podem comprometer sua continuidade.

O novo papel do CISO no contexto corporativo

De acordo com o relatório 2024 State of the CISO da Forrester Research, 83% dos CISOs afirmam que sua função se tornou mais estratégica nos últimos três anos, sendo cada vez mais demandados para decisões de alto nível dentro das organizações.

Este novo CISO não pode mais ser apenas um especialista técnico. Ele precisa entender os desafios de negócios e atuar diretamente na tomada de decisões da empresa. Entre as principais mudanças no perfil deste profissional, destacam-se:

1. Alinhamento com a alta gestão

O CISO deve ser capaz de traduzir riscos técnicos em impactos financeiros e estratégicos, demonstrando a importância da segurança da informação para a continuidade do negócio. Relatórios do Gartner indicam que até 2026, 70% dos conselhos de administração terão um comitê dedicado à supervisão da cibersegurança.

2. Gestão de riscos e conformidade (GRC)

Com regulamentações como LGPD, ISO 27001, GDPR e NIST, a segurança da informação tornou-se uma exigência legal e financeira. Empresas que não investem em proteção correm o risco de sofrer multas severas e perder credibilidade no mercado.

3. Construção de uma cultura de segurança

Segundo um estudo da IBM Security, 95% dos ataques cibernéticos são causados por erro humano. Isso reforça que cibersegurança não é apenas tecnologia, mas sim cultura e processos bem estruturados. O CISO precisa implementar treinamentos contínuos, estabelecer normas de conduta e engajar toda a organização na proteção de dados (aqui entram os papéis e responsabilidades de cada um frente a SI).

4. Adoção de tecnologias emergentes

A chegada de inteligência artificial, IoT e ambientes híbridos de nuvem trouxe novos desafios. A CISCO prevê que até 2025, 80% dos ataques cibernéticos explorarão vulnerabilidades em dispositivos conectados à nuvem e redes IoT. O CISO precisa estar à frente dessas transformações e garantir que sua organização esteja protegida.

O PESI: a grande missão do CISO

Com tantas variáveis e desafios, ter um Planejamento Estratégico de Segurança da Informação (PESI) não é mais uma opção, mas uma necessidade.

O PESI funciona como um mapa estratégico que define políticas, processos e ações para garantir que a segurança da informação esteja integrada à governança da empresa, customizado, com suas personalizações e linguagem, com suas restrições ou oportunidades e variáveis do seu ambiente.

1) Diagnóstico e análise de riscos

O primeiro passo é realizar uma avaliação completa da maturidade de segurança da sua empresa, identificando vulnerabilidades críticas internas e externas, e oferecendo clareza sobre riscos reais que podem comprometer seu negócio.

Para realizar esse diagnóstico avançado, algumas abordagens utilizadas pela Introduce incluem:

✔ Análise de GAPs: Comparação detalhada entre o nível atual e desejado de segurança, gerando um relatório objetivo que indica exatamente o que deve ser feito para alcançar um nível superior de proteção.

✔ Mapeamento dos ativos críticos: Identificação precisa dos ativos sensíveis, como bases de dados, servidores, aplicações essenciais e processos-chave, assegurando a continuidade operacional. O resultado é um inventário claro e priorizado, que facilita a tomada de decisão.

✔ Classificação dos riscos: Uso integrado e especializado dos frameworks mais robustos do mercado, como:

  • ISO 31000, para estabelecer um processo transparente e estruturado de gestão de riscos, entregando um plano consistente e auditável.
  • FAIR (Factor Analysis of Information Risk), reconhecido pelo Gartner como uma das melhores práticas para quantificar financeiramente os riscos cibernéticos, gerando uma visão clara sobre potenciais perdas financeiras.
  • NIST RMF (Risk Management Framework), padrão de referência global, permitindo uma priorização objetiva e eficiente das ações e controles de segurança mais importantes para sua empresa.

Segundo pesquisa recente da IBM (2024), organizações que adotam uma estratégia estruturada de gestão de riscos reduzem em até 60% o custo total de incidentes cibernéticos.

2) Definição de objetivos e diretrizes estratégicas

Após o diagnóstico inicial, sua empresa poderá definir objetivos estratégicos claros e práticos para segurança da informação, alinhados diretamente ao seu plano de negócios.

Algumas abordagens e tecnologias utilizadas pela Introduce incluem:

✔ Política de acessos: Implementação prática de controle auditável e transparente, utilizando soluções de IAM, MFA e gestão rigorosa de privilégios, reduzindo drasticamente o risco de acessos indevidos.

✔ Proteção de dados: Aplicação efetiva de soluções como criptografia avançada, prevenção de perda de dados (DLP) e segregação de ambientes, garantindo segurança, integridade e conformidade regulatória.

✔ Resposta a incidentes: Estruturação personalizada de um CSIRT (Computer Security Incident Response Team), equipado com fluxos claros de comunicação e planos rápidos de resposta. Isso permite redução significativa no tempo médio de contenção e minimização de danos financeiros.

✔ Monitoramento contínuo: Uso de ferramentas como SIEM, SOC e Threat Intelligence para proporcionar visibilidade total, relatórios detalhados e ações preventivas eficazes contra ameaças cibernéticas.

3) Implementação de governança e compliance

Após definir os objetivos estratégicos de segurança, sua empresa deve implementar práticas robustas de governança e compliance, integrando-as ao negócio como um todo.

A pesquisa Global Digital Trust Insights 2024 da PwC revela que 79% dos líderes empresariais acreditam que a boa governança cibernética é essencial para o crescimento dos negócios.

✔ Governança em segurança: Aplicação prática de modelos consagrados como ISO 27001 e COBIT para definir claramente responsabilidades e procedimentos internos, gerando entregáveis concretos como políticas documentadas e processos auditáveis.

✔ Continuidade de negócios (PCN/BCP/DRP): Elaboração de planos detalhados e testados que garantem a continuidade operacional em incidentes críticos, oferecendo procedimentos claros e validados para recuperação rápida.

✔ Compliance regulatória: Adequação prática às principais normas (LGPD, GDPR, SOX) com relatórios detalhados de conformidade, ações corretivas e documentação evidencial, protegendo contra riscos legais e financeiros.

4) Engajamento da alta gestão e cultura organizacional

A liderança executiva precisa estar envolvida no PESI. Para que uma estratégia de segurança seja eficaz, é essencial o envolvimento ativo da liderança executiva.

Algumas abordagens e processos utilizadas pela Introduce incluem:

✔ Comitê executivo de segurança: Formação de um comitê estratégico envolvendo o CEO, CFO, CISO e conselheiros, com reuniões periódicas e entregáveis como relatórios executivos sobre riscos e tomadas de decisão.

✔ Treinamento contínuo e prático: Realização de simulações periódicas de ataques, treinamentos específicos contra phishing e campanhas de conscientização, reduzindo significativamente as taxas de incidentes relacionados ao fator humano, conforme dados do relatório Verizon Data Breach Investigations Report (DBIR 2024).

✔ Cultura Zero Trust: Promoção de uma mudança real de mentalidade em toda a empresa, tratando o modelo Zero Trust não apenas como uma tecnologia, mas como uma abordagem estratégica que minimiza riscos e reforça a confiança digital em todos os níveis organizacionais.

5) Monitoramento, auditoria e melhoria contínua

Para garantir a eficácia contínua do PESI, é essencial realizar atividades frequentes de monitoramento e auditoria, acompanhando de perto os resultados e ajustando estratégias rapidamente.

Segue alguns procedimentos e tecnologias utilizadas pela Introduce:

✔ Auditorias regulares: Realização de testes de invasão (pen tests), avaliações periódicas de conformidade regulatória e revisões profundas de segurança, resultando em relatórios detalhados com recomendações práticas e claras para correção.

✔ Medição de KPIs de segurança: Implementação e monitoramento constante de indicadores estratégicos como o MTTD (Mean Time to Detect – Tempo Médio para Detectar) e MTTR (Mean Time to Respond), com dashboards atualizados regularmente que facilitam a gestão e decisões rápidas.

✔ Feedback e ajustes estratégicos: Atualização contínua e fundamentada das políticas e práticas com base em análises detalhadas de novos riscos, incidentes internos e tendências de mercado, mantendo a empresa sempre à frente de ameaças emergentes.

A falta de um PESI estruturado coloca em risco não apenas a segurança da informação, mas também a reputação e a continuidade dos negócios.

Por que as empresas precisam agir agora?

Um estudo recente da Cybersecurity Ventures revelou que os custos com crimes cibernéticos aumentarão 15% ao ano, atingindo US$ 10,5 trilhões até 2025. Empresas que não estruturarem um PESI e não fortalecerem sua governança digital estarão mais vulneráveis a fraudes, vazamento de dados e perda de confiança do mercado.

Além disso, os ataques baseados em inteligência artificial já são uma realidade. Ferramentas de deepfake, phishing sofisticado e ransomware evoluído exigem uma abordagem de segurança dinâmica e proativa.

As empresas precisam mudar o olhar sobre cibersegurança. O CISO e sua equipe não devem ser vistos como um “departamento de TI que resolve problemas de segurança”, mas como um pilar essencial para o crescimento sustentável do negócio.

O futuro exige Zero Trust, governança digital e planejamento estratégico.

O momento de construir um PESI é agora!

O CISO tem uma missão clara: proteger, educar e transformar a segurança da informação em um pilar estratégico para os negócios.

As empresas que já entenderam a importância da segurança digital estão investindo em um PESI robusto e preparando suas equipes para um ambiente de ameaças cada vez mais sofisticado.

Para facilitar o início da criação de um PESI, a Introduce desenvolveu o Canvas da Segurança da Informação. Inspirado na lógica prática e visual do Business Model Canvas, a ferramenta permite que você rapidamente visualize e estruture os principais elementos de segurança necessários ao seu negócio. 

Ao preenchê-lo, você terá uma base clara, pronta para guiar seus próximos passos na implementação de um PESI robusto e eficaz.

Mas caso você deseje iniciar seu PESI com o suporte especializado de especialistas, conte com a Introduce para ajudar sua empresa nessa construção!

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