Cardeal Parolin preside Missa pelo Papa: “que possa regressar em breve”

Secretário de Estado do Vaticano destacou ainda em sua homilia a necessidade de “desarmar a linguagem” na busca pela promoção da paz

Da Redação, com Agência Ecclesia

Foto: Reprodução Vatican News

O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, presidiu uma Missa pelo Papa Francisco nesta sexta-feira, 14. A celebração aconteceu na Capela Paulina do Palácio Apostólico.

“Reunimo-nos em oração, esta manhã, pela intenção da saúde do Santo Padre, para que se possa restabelecer e voltar em breve, para junto de nós”, disse aos membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé.

Em sua homilia, Parolin citou o 12º aniversário da eleição de Francisco, comemorado nesta quinta-feira, 13. O Papa passou a data no Hospital Gemelli, onde encontra-se internado há um mês.

Diante de responsáveis diplomáticos dos cinco continentes, o secretário de Estado do Vaticano convidou a “desarmar a linguagem”. “As guerras que ensanguentam o nosso planeta e que nós, com a nossa diplomacia, tentamos evitar em primeiro lugar e depois, eventualmente, também resolver, concluir, não têm origem em campos de batalha. Se agora há campos de batalha – porque tudo se tornou um campo de batalha, até as cidades, até onde vivem os civis – é porque nascem aqui, nascem no coração do homem”, advertiu.

“A mão também é armada pela boca”

O cardeal acrescentou que estes conflitos “nascem dos sentimentos de ódio, de hostilidade que carregamos em relação aos outros e, a partir daí, traduzem-se em atitudes de ódio e de hostilidade” .

“A mão é armada pelo coração e a mão é também armada pela boca”, prosseguiu Parolin, “porque já dissemos muitas vezes que, para procurar a paz, é preciso antes de mais desarmar a linguagem: não usar uma linguagem agressiva, não usar uma linguagem ofensiva para com os outros, porque é aí, recorda-nos o Senhor, que começa a guerra”.

Diante disso, o secretário citou um “dever de reconciliação”, que leva a “mudar de atitude, deixar de lado qualquer estratégia de confronto e procurar abraçar os bons sentimentos”. “Trata-se de passar da lógica do confronto para a da benevolência, começando precisamente por aqueles que estão contra nós, que talvez consideremos nossos inimigos. E isto, sublinha Jesus, tem de acontecer depressa”, sustentou.

“Purificada por esta palavra do Senhor, a nossa oração pela saúde do Santo Padre ganha um novo impulso para nos dirigirmos com confiança a quem dá todo o bem”, concluiu Parolin.

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