Filipe Gouveia revela convicção de que Brusque garantiria quarto lugar

Filipe Gouveia Brusque Hercílio Luz

O técnico Filipe Gouveia celebra o quarto lugar do Brusque na primeira fase do Campeonato Catarinense, após a vitória por 3 a 1 sobre o Hercílio Luz neste sábado, 22, pela 11ª rodada. Ele revela que, em conversa com um dirigente da SAF, havia afirmado que sua equipe conseguiria a quarta posição e, por consequência, jogaria as quartas de final em casa. A equipe vai enfrentar a Chapecoense no Augusto Bauer.

“Eu tinha dito ontem ao nosso CEO, se vocês quiserem podem perguntar, eu tinha dito a ele que íamos ficar em quarto lugar. Eu tinha dito a ele: ‘nós vamos ganhar amanhã e vamos ficar em quarto lugar’. Tinha essa convicção e aconteceu.”

“E ainda bem que jogaremos em casa, porque se fosse na Chape era outra viagem terrível. Mas ainda bem que é aqui também perante os nossos torcedores. E vai ser um jogo bonito, certamente”, completa, fazendo referência às viagens recentes a Concórdia e Macapá.

O treinador também destacou a força da equipe neste momento. Tendo um jogo diante da Chapecoense no próximo fim de semana, resgatou uma de suas falas na coletiva pós-jogo de Brusque 1×2 Chapecoense, em 22 de janeiro, pela terceira rodada do Catarinense. Se o time não era um verdadeiro grupo, agora é.

“Neste momento o Brusque está muito forte interiormente, a nível do grupo de trabalho. Conseguimos. Eu disse aqui uma vez num jogo, no erro com a Chape [que gerou o primeiro gol adversário, na terceira rodada], nós sofremos um gol. E eu disse aqui: ‘nós ainda não somos um grupo’. Neste momento, somos um grupo e estamos muito fortes. E estamos fechados, vai ser difícil entrar alguém para desviar nosso foco.”

“Vamos continuar a trabalhar, queremos continuar a dar alegrias à nossa torcida. Sabemos que temos limitações, muitas limitações. A nível de condições de trabalho, a nível de tudo, toda a gente sabe. Mas vamos continuar a trabalhar arduamente para conseguir, dia após dia, nos superarmos. Para conseguirmos ir mais além.”

Assista à coletiva na íntegra ou leia mais destaques a seguir:

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Em defesa dos jogadores

Pela segunda vez em uma coletiva pós-jogo, o treinador se disse chateado pelos xingamentos de parte da torcida a alguns dos jogadores. Ele defende o elenco e destaca a dedicação do time em meio às dificuldades.

“Temos que perceber que é estes jogadores que temos que acarinhar. Já para o próximo jogo, contra a Chapecoense. E não vale a pena estar xingando, porque eu não vou mudar o meu trabalho, não vou mudar o meu discurso. Estava toda a gente, por exemplo, do outro lado [oposto ao do banco de reservas] xingando o [Paulinho] Moccelin. Depois o Moccelin fez o gol. E passa de bestial a besta, e de besta a bestial num espaço de segundos, minutos. Temos que saber que estes são os nossos jogadores.”

“Respeito muito a torcida. Respeito muito toda a gente que vem ver o Brusque, que vem apoiar. Mas não gosto de ver xingarem os nossos jogadores. Já tinha tido este desabafo num jogo em casa. E volto a ter, porque não acho correto.”

O treinador também cita o trabalho dos jogadores na última semana, com uma viagem a Concórdia e outra a Macapá na sequência, para um jogo diante de gramado tenebroso diante do Trem.

“Não acho correto porque estes rapazes estão a fazer um grande sacrifício. E às vezes as pessoas não sabem. Quem está por fora não sabe. Ainda agora fizemos uma viagem terrível. Eu nem sei como é que a Federação Brasileira deixa acontecer estas situações. Um campo terrível. Uma viagem terrível, desumana para os jogadores. Eu, que não joguei, fiquei cansado. Imagino eles. Mas pronto, vamos um dia de cada vez. Vamos dando a volta às situações.”

Finalizações e o jogo

Filipe Gouveia está satisfeito com a produção ofensiva do Brusque. O quadricolor têm se mostrado capaz de criar diversas chances de gol nas últimas partidas. Ainda que tenha dificuldade em transformar algumas oportunidades claras em gol, esta não é uma preocupação do técnico.

“Os jogadores abnegados trabalhando, procurando. Foram três [gols], mas poderiam ter sido pelas minhas contas uns seis ou sete, ou mais, não sei. E eu não tenho qualquer tipo de problemas que os jogadores percam golos. Se eles perdem golos é porque nós criamos as situações. Trabalhamos para fazer as situações. Depois é afinar e continuar a trabalhar porque o gol vai sair. Como saiu hoje, acabou saindo.”

Perguntado sobre como lidar com este contexto de criação em alta e finalização vacilante para um mata-mata em jogo único, o português explica:

“Com a Chape, o primeiro remate que vamos fazer à baliza vai ser gol. É isso. É acreditar nisso, é acreditar que vamos criar mais. E tentar fazer ainda mais aquilo que temos feito.”

“Trabalho de finalização, não só com os atacantes. Fazemos finalização no nosso modelo de jogo. A partir de trás, a partir das laterais, a partir do lançamento lateral, a partir da bola do zagueiro. Fazemos todas as semanas muita finalização. Não é por falta de treino que nós não finalizamos bem”, completa, antes de apoiar os centroavantes Rodrigo Pollero e Robson Luiz:

“Agora, sabemos que o Robinho [Robson Luiz] é um miúdo que está a começar, que tem que trabalhar muito. Que não percebe muitas das vezes os movimentos. O Pollero fez um gol no último jogo, teve oportunidade de chance para fazer golo hoje também. Não fez, mas vai continuar a trabalhar, continuar a acreditar.”

“Eu, quando digo que não fico chateado por falhar gols, é porque criamos. Se criamos, é porque temos a nossa parte ofensiva bem trabalhada. Isso é o que me deixa satisfeito. Não foi só hoje, no último jogo da Copa [contra o Trem] também tivemos N oportunidades. No  anterior, em Concórdia, também tivemos muitas oportunidades. (…) Porque se o grupo estiver forte, quem entra e quem não entra não é muito importante. Mas se o grupo estiver forte, quem entra vai entrar bem. E isso é o mais importante.”

Sem comentários

Perguntado sobre a insatisfação do elenco com os salários atrasados, Filipe Gouveia manifestou apoio aos jogadores e espera que a situação esteja se resolvendo.

“Eu respeito e estou sempre do lado dos meus jogadores. Aquilo que eles quiserem fazer, eu estou com eles. Não há muito a dizer. Quando eu cheguei, estavam passando por uma situação difícil, salário em  atraso. Eu cheguei com muitas promessas de que as coisas iriam ficar resolvidas rapidamente. As coisas demoraram. Mas penso que felizmente estão sendo resolvidas e que tudo vai ficar bem.”

Perguntado sobre dos ocorridos desta sexta-feira, 21, quando os jogadores do Brusque optaram por não treinar, Gouveia evitou comentários.

“Repare uma coisa, eu já tenho tantos problemas para me preocupar. A recuperação dos jogadores, o bom treino dos jogadores, para fazer aqui uma gestão minha, juntamente com a comissão técnica, os que estão mais predispostos para o jogo.”

Por fim, o treinador afirma que quer permanecer focado no trabalho com seu elenco. “Eu vou-me abster dessa situação da SAF, porque eu já tenho tantos problemas para me preocupar. Eu quero estar concentrado no meu trabalho, nos meus jogadores, no treino, no dia-a-dia. E eu tento resolver alguns dos problemas, não consigo resolver todos, como é lógico. Mas estou aqui para os ajudar, estou aqui para dar a cara por eles. Eles têm sido fantásticos e eles sabem que eu vou estar sempre do lado deles.”


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