CEO do JPMorgan Ridiculariza Resistência Ao Trabalho Presencial e Exige Eficiência

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Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, rejeitou com desdém os pedidos de alguns funcionários para flexibilizar a política de retorno ao escritório cinco dias por semana durante uma reunião geral na quarta-feira (12), de acordo com uma gravação revisada pela Reuters.

Funcionários do maior banco dos EUA reclamaram em fóruns internos e chats sobre a perda dos acordos de trabalho híbrido, e um grupo lançou uma petição online pedindo a Dimon que reconsiderasse.

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Quando questionado sobre a política de trabalho presencial durante a reunião, ele respondeu: “Não percam tempo com isso. Não me importa quantas pessoas assinem essa maldita petição”, disse ele, arrancando algumas risadas.

O JPMorgan recusou-se a comentar.

Em vez disso, Dimon exigiu mais eficiência e enfatizou que os funcionários têm a escolha de trabalhar ou não no JPMorgan. O CEO disse que eles não deveriam ficar bravos com ele e afirmou que era um país livre.

A revogação das políticas de trabalho remoto gerou insatisfação entre alguns profissionais à medida que os lockdowns da COVID-19 foram sendo eliminados. O pedido do JPMorgan para que mais funcionários retornassem ao escritório trouxe uma enxurrada de reclamações, muitas delas vindas de colaboradores da área administrativa.

Alguns funcionários buscaram aconselhamento junto ao Communications Workers of America sobre como poderiam formar um sindicato, algo raro no setor financeiro dos EUA, disse Nick Wiener, líder da campanha do CWA.

Cerca de 950 pessoas haviam assinado a petição contra a política dos cinco dias até a noite de quarta-feira. O JPMorgan tem mais de 317.000 funcionários em todo o mundo.

Dimon, que dirige o banco há 19 anos, disse que alguns funcionários não prestavam atenção durante reuniões no Zoom, o que reduzia sua eficiência e criatividade.

Os lucros do JPMorgan atingiram um recorde em 2024, e o preço de suas ações quase dobrou nos últimos cinco anos. O forte desempenho levou alguns funcionários a questionar por que precisavam passar mais tempo no escritório.

Dimon afirmou que os requisitos de presença no escritório não ficarão a critério dos gestores. “Não há chance de eu deixar isso nas mãos dos gestores”, disse ele. “Zero chance. O abuso que ocorreu é extraordinário.”

A visão de Dimon é compartilhada por muitos líderes de Wall Street e pelo presidente Donald Trump, que exigiu o fim do trabalho remoto no governo federal.

Dimon pediu que todos os departamentos do banco apresentem um aumento de 10% na eficiência, o que envolveria a redução de 10% nos relatórios, reuniões, documentos e sessões de treinamento.

Durante a reunião, Dimon relatou um caso de gestão de patrimônio que exigiu a aprovação de 14 comitês. “Tenho vontade de demitir os 14 presidentes desses comitês, não suporto mais isso”, disse ele. “Desculpem. A culpa é minha. Eu sou o chefe.”

Ele também citou avaliações de desempenho para o comitê operacional do banco que podiam chegar a seis páginas. “Por causa do setor jurídico e de riscos, eles têm que analisar, os reguladores podem exigir, pode haver litígio em torno disso, então temos que ter cuidado”, disse Dimon. “Eu pego esse documento e jogo na maldita lata de lixo.”

Dimon também foi questionado sobre contratações.

O banco está trabalhando para manter o número de funcionários estável e “continuamos investindo na contratação de novos profissionais quando apropriado e atualmente temos 14.000 vagas abertas”, disse um porta-voz da empresa em um comunicado.

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