Joinville encara recente problema social e de polícia

Quando as cidades crescem acima da capacidade de absorção, e principalmente quando
este crescimento da população acontece por causa de forte migração, surgem,
inevitavelmente, situações que antes não havia.

É o caso do crescente número de moradores de rua em Joinville. Muita gente vem para a
cidade em busca de emprego. Nem sempre conseguem. Outros têm sua vida pessoal
destroçada e também acabam sem teto.

Outros se misturam a eles e, infiltrados, praticam furtos e assustam comerciantes e
transeuntes nas regiões onde se concentram.

Levantamento feito pela prefeitura de Joinville em 2024, há 436 moradores de rua.
Provavelmente são bem mais.

Se o problema social não fosse sério, o prefeito de Joinville não teria falado a respeito no
discurso de posse da nova diretoria da Ajorpeme, na semana passada.

Adriano Silva pede legislação mais rigorosa no combate a furtos. Argumenta que Joinville
é uma cidade onde impera a ordem.

O enfrentamento do problema é urgente. Se não fosse um assunto importante na esfera
pública e empresarial, o tema não estaria presente na fala do prefeito a centenas de
empresários.

Ele, o prefeito, tem razão, porém o fato é que municípios médios, em expansão, e
municípios grandes estão sujeitos a sofrer com a criminalidade porque é no meio de
esmagadora maioria de cidadãos bons que os ladrões buscam se abrigar para cometer
delitos.

O levantamento feito pela prefeitura de Joinville em 2024 constatou: 85 por cento dos
moradores de rua são homens. 59 por cento enfrentaram conflitos familiares. 51 por cento
deles vieram para Joinville em busca de trabalho.

O que significa dizer que há necessidade de ações firmes por parte do Poder Público para
reduzir os problemas potenciais que essa realidade pode acarretar.

Sim. A criação de um comitê, com representantes da Assistência Social, de órgãos policiais
é um caminho que a prefeitura adotou. Está certo.

A questão é complexa mesmo. Exige acolhimento. Exige trabalho de formação de mão de
obra. Exige repressão quando necessário. Exige políticas públicas direcionadas a emprego,
moradia, saúde…

Por ser um fenômeno super novo na história de Joinville, ainda é preciso compreender isso
com mais cuidado. Mas, sem receio de agir.


Um teatro para Joinville

Joinville deixou de captar 40 eventos culturais no ano passado porque não tem um teatro
para chamar de seu.

Agora, parece, está surgindo uma oportunidade para a construção de um teatro para 1200
lugares.

Esse é um dos compromissos de parceria publicamente assumidos pelo governador
Jorginho Mello com o prefeito Adriano Silva.

O local? Bem do lado do marco zero da fundação da cidade, onde já funcionou o Cine
Palácio. Um prédio de 1912, e que é tombado como patrimônio histórico do município.
Chegou a hora de Joinville ter um teatro. Confortável, com acústica e espaços adequados
para os artistas e público. Um ambiente como o Teatro da SCAR, em Jaraguá do Sul. Ou
como o Teatro Positivo, em Curitiba.

Vamos aos projetos e depois para as obras.

A cidade merece.


Ainda falta

Ok, o teatro está a caminho.

Quando voltei para morar em Joinville, no final dos anos 1980, procurei por quatro coisas:
um shopping, um teatro, um (ou mais) parques; e uma feira livre de rua.

O primeiro shopping veio em 1994. O teatro está prometido agora. (Dirão que há o Teatro
Juarez Machado. Bem, acho que não devemos nos contentar com tão pouco). O parque
público ainda é um sonho distante. E feiras livres ainda vão demorar para vingar aqui.

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