Ser CEO aos 22 anos é para as fortes

Por Larissa Isensee, CEO da Isensee Machines EIRELI.

Liderar uma empresa aos 26 anos é um desafio e tanto. Quando penso na minha trajetória, lembro com carinho quando eu, aos 14 anos, na fábrica do meu avô, executava tarefas simples, mas cheias de aprendizado. Hoje, como CEO da nossa metalúrgica, percebo como cada passo dessa jornada foi essencial para chegar aqui.

Desde cedo, aprendi que, para conquistar respeito e credibilidade, é preciso entender profundamente aquilo que você faz. Quando iniciei a venda de máquinas têxteis na adolescência, meu objetivo era dominar cada aspecto técnico dos equipamentos. Esse aprendizado me ajudou a superar as dificuldades que surgiram quando, aos 22 anos, assumi a liderança da empresa com o desafio revitalizá-la.

Na época, a situação não era fácil. A fábrica enfrentava problemas, o faturamento era baixo e havia desconfiança de alguns colaboradores por eu ser jovem. No entanto, sempre acreditei que o foco e a inovação poderiam nos tirar dessa situação. Decidi investir em treinamento e montar uma equipe diversa, dando espaço para jovens profissionais que trouxessem energia nova à empresa.

Eu sei que muitos jovens, principalmente mulheres, assim como eu, enfrentam desafios ao ingressar no mercado de trabalho. É comum serem vistos com desconfiança ou subestimados, mas acredito que, quando damos oportunidades a esses talentos, o resultado maravilhoso. Percebo isso no dia a dia da nossa fábrica. Eles me veem como uma inspiração por eu ter começado cedo e ter assumido responsabilidades tão grandes. Isso cria um ambiente colaborativo e produtivo, onde todos aprendem juntos em uma troca superbacana.

Hoje, nossa empresa é líder no mercado nacional e exporta para toda a América Latina. Esses resultados são fruto de muito trabalho, mas também da coragem de inovar e de acreditar que desafios são oportunidades. Claro, nem tudo é fácil. Ainda enfrento resistência de algumas pessoas, especialmente de quem tinha dificuldade em aceitar a minha liderança por causa da idade. No entanto, prefiro focar naqueles que acreditam no meu trabalho – e, felizmente, são muitos.

Minha maior motivação é inspirar outros jovens a perseguirem seus sonhos, mesmo que pareçam grandes demais. Eu sou prova de que, com conhecimento, dedicação e uma boa dose de coragem, é possível transformar desafios em conquistas. Afinal, o futuro pertence àqueles que acreditam no poder de suas ideias e no impacto que elas podem ter no mundo.

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