Tesoureira do tráfico: ‘chefona’ de facção do Norte do Brasil é presa escondida em Palhoça

Uma mulher, de 23 anos, líder de facção no Amapá foi presa escondida em Palhoça na última segunda-feira (25). A prisão ocorre quatro dias após dois cabeças de facção do Amazonas e Pará serem presos escondidos na mesma cidade da Grande Florianópolis.

Líder de facção estava escondida em casa no interior de Palhoça

Mulher estava escondida em casa no bairro Pinheira, em Palhoça – Foto: PCSC/Divulgação/ND

Conforme o delegado Allan Antunes Marinho Leandro, da Decap/Deic (Delegacia de Capturas da Diretoria Estadual de Investigações Criminais) ela atuava como tesoureira do FTA (Família Terror do Amapá) e era responsável por organizar a coleta dos valores adquiridos pelos faccionados.

De acordo com a Polícia Civil, a mulher tinha um mandado de prisão por integrar organização criminosa e estava foragida há dois meses.

Segundo a investigação, ela teria fugido para Palhoça após uma indicação de uma amiga integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção aliada da FTA.

Após uma investigação da Polícia Civil do Amapá, o paradeiro da mulher foi descoberto. Segundo a Polícia Civil, ela saía da casa, no bairro Pinheira, no momento da prisão.

Terceiro líder de facção preso em menos de uma semana escondido em Palhoça

A mulher é o terceiro líder de facção preso escondido em Palhoça em menos de uma semana. Na última quinta-feira (23), dois líderes da facção Comando Vermelho foram encontrados escondidos e presos no Brejaru, em Palhoça.

Conforme a Polícia Civil, ambos são procurados por crimes como homicídio, tráfico de drogas e armas e formação de quadrilha. Segundo o delegado Antônio Joca, da Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado), ambos desempenham um papel importante na facção.

Após uma investigação, a Polícia Civil suspeitou de que a dupla pudesse estar escondida em Palhoça, e foi até a comunidade para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços suspeitos. Quando chegou lá, encontrou os homens escondidos.

De acordo com o delegado, um dos presos, de 32 anos, foi responsável por implementar a facção no bairro Jurunas de Belém do Pará, no Pará. Ele era foragido após ser condenado a 42 anos de prisão por homicídio, roubo, porte de armas e formação de quadrilha.

O segundo homem preso tem 25 anos e era segurança do chefe da facção no Amazonas. No mesmo dia em que foi preso em Palhoça, ele era alvo de uma operação realizada no mesmo dia no Estado do Norte que prendeu 29 pessoas.

O suspeito possuí um mandado de prisão preventiva pela suspeita de crimes como homicídio, formação de quadrilha e porte de arma.

Facção de presos é parceira de organização criminosa de SC

Conforme o delegado, a suspeita é de que os homens presos estavam escondidos em Palhoça, abrigados pela facção que controla a comunidade do Brejaru, o PGC (Primeiro Grupo Catarinense), no entanto, a investigação ainda está em curso.

“É isso que a gente está apurando na investigação, se eles estavam aqui para se esconder ou se estavam para praticar crimes como tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo”, afirmou.

Conforme o delegado, as organizações criminosas envolvidas são parceiras. Ainda na quarta, um dos homens mais procurados em Santa Catarina foi preso no Rio de Janeiro, em uma área comandada pelo Comando Vermelho.

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