Parceria entre Musk e Trump Modifica Lista das Maiores Empresas Privadas dos EUA

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Trump fará seu segundo mandato em 2025

O presidente eleito Donald Trump , vestindo o icônico boné vermelho com a frase “Make America Great Again”, se juntou à multidão animada na última terça-feira (19), no sul do Texas, para assistir ao lançamento bem-sucedido do Starship pela SpaceX — o sexto teste do novo foguete desenvolvido para levar pessoas e cargas à Lua. Próximo a ele estava Elon Musk, CEO da SpaceX e a pessoa mais rica do mundo, com quem Trump tem passado muito tempo desde a eleição de 5 de novembro.

O dono da Tesla, escolhido por Trump para co-presidir o recém-criado conselho consultivo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), continuará a trabalhar ao lado do presidente eleito. Dessa forma, a proximidade com Trump é promissora para a SpaceX, que já obteve quase US$ 20 bilhões (R$ 116,2 bilhões) em contratos governamentais ao longo dos anos, de clientes como a NASA e o Departamento de Defesa, e é avaliada em US$ 210 bilhões (R$ 1,22 trilhão) por investidores privados.

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Sucesso da Space X

Mesmo antes de Musk estreitar os laços com Trump, a SpaceX já estava em ascensão. A receita estimada para 2023 quase dobrou em relação ao ano anterior, alcançando US$ 8,7 bilhões (R$ 50,6 bilhões). Esse crescimento foi suficiente para a empresa subir 85 posições, alcançando o 60º lugar na lista de 2024 das Maiores Empresas Privadas da América, da Forbes, tornando-se o maior destaque do ranking. Um dos principais fatores que impulsionaram a receita foi o Starlink, o negócio de satélites da empresa que cresce rapidamente. A rede, que utiliza cerca de 6.000 satélites, oferece acesso à internet em localidades remotas ao redor do mundo, incluindo novos mercados na África e no Oriente Médio. Embora o serviço seja particularmente útil em áreas rurais, há interesse também em regiões urbanas. Atualmente, o serviço está esgotado em áreas próximas a Seattle, Washington, Austin, Texas, além de partes do Canadá e da Europa, segundo o site da empresa.

O Pentágono também possui um contrato com a SpaceX para fornecer o serviço Starlink na Ucrânia, onde tem sido uma ferramenta valiosa para as tropas se comunicarem e realizarem ataques com drones em meio à guerra com a Rússia. Todos esses fatores ajudaram a aumentar o número de assinantes do Starlink para 4 milhões em setembro, conforme publicação no site de mídia social X (antigo Twitter) de Musk, um aumento em relação aos 3 milhões registrados em maio. Enquanto isso, no principal segmento de negócios da SpaceX, a empresa lançou 96 foguetes em 2023, um recorde anual.

Por outro lado…

No entanto, nem tudo que Musk toca prospera. Sua outra grande empresa privada, a rede social X, caiu para o 185º lugar, em comparação ao 149º do ano passado, com uma receita estimada de US$ 3,4 bilhões (R$ 19,8 bilhões) em 2023, abaixo dos US$ 4,4 bilhões (R$ 25,6 bilhões) do ano anterior. A empresa tem enfrentado dificuldades com a queda na receita publicitária desde que Musk a tornou privada em um negócio de US$ 44 bilhões (R$ 255,6 bilhões) em outubro de 2022. Ela é uma das 66 maiores empresas privadas que tiveram receita inferior à do ano passado.

Outra que perdeu terreno foi a gigante do agronegócio Cargill. Apesar de uma queda de quase 10% na receita, para US$ 160 bilhões (R$ 929,6 bilhões), devido aos baixos preços de commodities e a um excedente agrícola global — a primeira queda em cinco anos —, a Cargill permanece como a maior empresa privada dos EUA pelo quarto ano consecutivo. O CEO Brian Sikes descreveu o mercado como desafiador no relatório anual da empresa para 2024.

Novas empresas no ranking

As cinco primeiras posições permaneceram inalteradas, mas uma grande aquisição da Mars pode mudar o ranking. Essa gigante de doces e alimentos anunciou em agosto a compra da Kellanova (antiga Kellogg Co.), empresa de snacks e cereais com receita de US$ 13,9 bilhões (R$ 80,8 bilhões), responsável por marcas como Pringles, Pop-Tarts e Special K, por US$ 35,9 bilhões (R$ 208,5 bilhões). O acordo deve ser concluído na primeira metade de 2025 e pode elevar os US$ 50 bilhões (R$ 290,5 bilhões) em receita da Mars para uma posição mais alta na lista do próximo ano.

No total, 26 empresas privadas estrearam na lista, que exige um mínimo de US$ 2 bilhões (R$ 11,6 bilhões) em receita. A estreante mais bem classificada, na 62ª posição, é a US LBM, distribuidora de materiais de construção especializados. Com sede em Atlanta, a empresa possui unidades em 36 estados. A maioria de seus produtos está disponível apenas para profissionais, como construtores nacionais e regionais de residências e edifícios comerciais. A receita cresceu de US$ 22 milhões (R$ 127,8 milhões) em 2009, ano de sua fundação, para US$ 8,2 bilhões (R$ 47,7 bilhões) em 2023, impulsionada por aquisições, incluindo uma em outubro.

Outras novatas incluem a Valve Corporation (139º lugar), empresa responsável pelo popular videogame Half-Life, com uma receita estimada de US$ 5 bilhões (R$ 29,05 bilhões); a fornecedora de produtos para restaurantes Clark Associates (174º lugar); e a construtora Perry Homes (242º lugar). A Coca-Cola Beverages Florida também entrou na lista, ocupando a 264ª posição. Com sede em Tampa, a empresa fabrica e distribui produtos da Coca-Cola em toda a Flórida e é liderada pelo fundador Troy Taylor.

A Sierra Nevada Corporation é uma das quatro empresas que retornaram à lista, ocupando o 274º lugar – ou seja, já havia figurado no ranking no passado, saiu e voltou a integrar as classificações. A empresa aeroespacial e de defesa, administrada pelo casal bilionário Eren e Fatih Ozmen, anunciou em abril que havia recebido um contrato de US$ 13 bilhões (R$ 75,53 bilhões) da Força Aérea dos EUA para construir os próximos aviões Doomsday.

No total, a Forbes identificou um número recorde de 275 empresas, em comparação às 258 do ano passado. Esse é o maior número desde 2008, quando o limite para entrar na lista ainda era de US$ 1 bilhão (R$ 5,81 bilhões) em receita. Os membros deste ano incluem marcas amplamente conhecidas, como a SC Johnson, controladora da Johnson Wax; a rede de fast-food Chick-Fil-A; e a gigante do setor de frango Perdue Farms.

Quem caiu fora

Um total de 13 empresas que estavam no ranking de 2023 saíram da lista deste ano, devido a aquisições, fusões com outras empresas ou quedas nas receitas. A SRS Distribution, que ocupava o 55º lugar no ano passado, com receita de US$ 9,6 bilhões (R$ 55,78 bilhões), foi adquirida pela Home Depot em junho por um valor total de US$ 18,25 bilhões (R$ 106,01 bilhões). A Southeastern Grocers, controladora das lojas Winn-Dixie e Harveys Supermarket, foi comprada em março pela Aldi, a rede de supermercados privada alemã de propriedade de bilionários da família Albrecht. Outra empresa que saiu do ranking, a Burris Logistics, uma companhia de armazenagem e distribuição de alimentos sediada em Delaware, teve sua receita estimada abaixo de US$ 2 bilhões (R$ 11,62 bilhões).

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