Encontro de Trilheiros em Brusque desafia habilidade de pilotos em pista com muita lama

A 10ª edição do Encontro de Trilheiros Tatu Trail reuniu apaixonados por adrenalina no bairro Primeiro de Maio, em Brusque, na manhã deste domingo, 24. Os pilotos largaram por volta das 9h para enfrentar 60 quilômetros de trilha. A lama que formou na pista em razão das chuvas deixou os pilotos entusiasmados.

Sergio Waldrich, piloto de UTV de Brusque, participa do Encontro de Trilheiros pela segunda vez. Antes de largar, ele definiu a pista como “um sabão”, por causa das chuvas. Neste domingo, porém, o tempo firmou e o sol abriu na cidade.

“A expectativa é boa, mas tem que ter muita cautela, porque choveu muito. É necessário manter uma certa distância da pessoa que está na frente. A expectativa é de bastante diversão”, afirma. “A pista está ‘um sabão’. Há lugares em que os pneus deslizam mesmo”, considera.

Sergio Waldrich conduziu UTV pela trilha. Foto: Thiago Facchini/O Município

A largada ocorreu no complexo da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, com os primeiros metros passando pelos fundos da Villa Ida e seguindo rumo aos bairros Poço Fundo e Limeira. O encerramento é na sede do Tatu Trail Moto Clube de Brusque, no começo da rua Poço Fundo.

Piloto de moto, Djone Cler de Oliveira, de Camboriú, veio para Brusque participar do Encontro de Trilheiros Tatu Trail pela primeira vez. O participante destacou a quantidade de lama na pista como um dos pontos positivos para garantir a diversão dos trilheiros.

“Esperamos uma trilha boa, sem muito enrosco. Só acelerar. Vai dar lama. Tomara que tenha bastante lama mesmo. Isso é muito bom para todos nós”, avalia o piloto, antes de largar. “Ficar em cima da moto e não se machucar são os maiores desafios”, brinca.

Djone Cler de Oliveira veio de Camboriú para participar do evento. Foto: Thiago Facchini/O Município

Retorno do Encontro de Trilheiros

A largada das motos aconteceu meia hora depois da saída dos UTVs e quadriciclos. Diferente dos veículos de quatro rodas, os pilotos das motos tinham opção de saltar uma rampa poucos metros antes de cruzar a largada e partir para os 60 quilômetros de trilha.

O evento volta a ser realizado pelo Tatu Trail Moto Clube de Brusque após cinco anos. Na pandemia, o grupo chegou a organizar o encontro, mas a ideia de realizar o evento precisou ser abandonada. Nesse meio tempo, o evento não foi mais realizado e agora retorna em 2024.

Concentração para largada do Encontro de Trilheiros Tatu Trail. Foto: Thiago Facchini/O Município
UTV em ação após largada. Foto: Thiago Facchini/O Município

Segundo o presidente do Tatu Trail, Irineu Augusto Pereira, participaram entre 350 e 400 pilotos de UTVs, quadriciclos e motos, com base nos registros de inscrições. Para Irineu, voltar a realizar o evento é especial.

“O clube tem 48 anos. É um clube que tem um nome, que faz bastante eventos. Apesar de estarmos há cinco anos sem fazer algum evento deste porte, pensamos que viriam poucas pessoas, mas, como o clube tem tradição de eventos, o pessoal vêm em peso”, comemora. “São Pedro nos ajudou e o tempo firmou”, diz.

O presidente do Tatu Trail, Irineu Augusto Pereira. Foto: Thiago Facchini/O Município

“Uma ‘laminha’ sempre é bom”

Quem também participou do 10º Encontro de Trilheiros foi Cleiton Weber, de Itapema. O piloto de moto estava confiante com uma trilha tranquila e também avaliou que uma “laminha”, como definiu, era um fator positivo para enfrentar os 60 quilômetros.

“Esperamos uma trilha tranquila e que dê para participar de forma legal. Queremos nos divertir com o pessoal e fazer novas amizades. Uma ‘laminha’ sempre é bom. Quando está muito seco, perde a graça. As subidas, quando tem um pouco de lama, são desafiadoras”.

Piloto Cleiton Weber é de Itapema. Foto: Thiago Facchini/O Município

Pouco antes de Cleiton, largou Junior Mafra com UTV. Para o experiente piloto de Brusque, que participa desde a primeira edição, nem mesmo o forte sol deste domingo foi capaz de secar a pista, já que há muitos pontos em que o calor do sol não chega por ser mata fechada.

“A pista estará bem lisa, mas vai ser bem legal. A mata é fechada, então há lugares que não pegam sol”, considera o piloto. “O maior desafio da trilha é não quebrar, não acontecer uma pane no UTV”, finaliza.

Junior Mafra enfrentou trilha com UTV. Foto: Thiago Facchini/O Município

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