Os 7 traços sutis típicos de pessoas que têm o coração frio, segundo a psicologia

Quando pensamos em alguém com um coração frio, uma variedade de emoções e comportamentos complexos vêm à mente. De acordo com os psicólogos Linda Mealey e Stuart Kinner, pode ser difícil identificar os sinais, mas existem alguns traços sutis que geralmente acompanham essa personalidade.

Cena do filme "O Profissional", de 1994

Cena do filme “O Profissional”, de 1994 – Foto: Reproduçaõ/ND

Conhecer essas características pode ajudá-lo a se proteger de energias negativas e estabelecer limites saudáveis em sua vida diária. Principalmente quando você valoriza a compaixão e a empatia em sua própria vida, esses traços se tornam mais evidentes e quase impossíveis de ignorar.

7 traços de pessoas que têm o coração frio:

1. Pouca empatia

As pessoas que têm o coração frio têm dificuldade em se colocar no lugar do outro, podendo minimizar ou ignorar o sofrimento alheio. Seus comentários muitas vezes podem parecer insensível, desconsiderando as pessoas ao redor.

A psicologia descreve a empatia como um componente central da teoria da mente, e pesquisas sobre Transtornos de Personalidade Antissocial e Transtornos de Personalidade Narcisista indicam que baixos níveis de empatia são comuns nesses quadros.

Pesquisadores como Decety e Moriguchi abordam na neuropsicologia da empatia como déficits nessas áreas podem influenciar o comportamento, levando a interações frias ou insensíveis.

2. Desapego emocional

Essas pessoas também costumam manter uma postura distante e evitam envolvimentos emocionais profundos. Esse desapego pode ser sutil, como nunca demonstrarem afeto em situações onde seria comum ou necessário.

Mulher com o coração frio emburrada

Pessoas que têm o coração frio não têm empatia – Foto: Reprodução/ND

Na Teoria do Apego, o psicólogo e psiquiatra britânico John Bowlby explica como as experiências iniciais de apego na infância podem influenciar o comportamento emocional adulto.

Indivíduos com apego evitativo, por exemplo, tendem a ser emocionalmente distantes e a evitar vínculos profundos porque associam a intimidade com a perda de independência, tendendo a se afastarem quando alguém se aproxima demais.

3. Necessidade de controle

Pessoas emocionalmente frias tendem a controlar os relacionamentos e as interações, evitando situações onde precisam demonstrar vulnerabilidade.

Esse traço é observado em indivíduos com traços de Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva ou Narcisista. Segundo Millon e Davis (1996), essas personalidades buscam controlar o ambiente para evitar vulnerabilidade, resultando em um comportamento emocionalmente frio e controlador.

A Teoria do Controle Pessoal de Bandura (1997) também aponta que pessoas com alta necessidade de controle podem ter dificuldade em aceitar a vulnerabilidade emocional.

4. Respostas calculadas

Em vez de reagirem espontaneamente, pessoas que têm o coração frio costumam ter respostas calculadas, demonstrando um pensamento racional acima de tudo. Pode parecer que estão sempre medindo as palavras e gestos, o que pode ser interpretado como frieza.

A Psicopatia e o Transtorno de Personalidade Narcisista frequentemente envolvem uma apresentação calculada, com controle excessivo das emoções.

Hare (1993) descreve isso em sua pesquisa sobre psicopatas, que costumam ter reações medidas para obter vantagens e evitar conexões emocionais profundas.

Além disso, o trabalho de Cleckley (1941), em “The Mask of Sanity”, descreve indivíduos psicopatas como sendo emocionalmente rasos e manipuladores.

Pessoas que têm o coração frio brigando

Pessoas que têm o coração frio precisam ter o controle – Foto: Reprodução/ND

5. Indiferença ao conflito emocional

Essas pessoas que têm o coração frio tendem a não se envolver em conflitos emocionais e a evitá-los. Diante de situações que exigem posicionamento emocional, optam por respostas neutras ou distantes.

Pesquisas sobre alexitimia (dificuldade em identificar e expressar emoções), como a de Taylor et al. (1997), explicam que pessoas com altos níveis de alexitimia tendem a evitar ou ignorar conflitos emocionais por não compreenderem bem as emoções, o que pode parecer indiferença.

6. Falta de reciprocidade

Em relações interpessoais, podem não retribuir o mesmo nível de afeto, gentileza ou disponibilidade que recebem, o que faz com que outros sintam que a relação é desequilibrada.

No campo das relações interpessoais, pesquisas sobre Transtornos Narcisistas indicam que a reciprocidade é prejudicada em indivíduos que focam em suas próprias necessidades.

Millon (1996) observa que pessoas com personalidades mais narcisistas tendem a valorizar as relações apenas quando essas satisfazem seus desejos.

7. Dificuldade em pedir desculpas

Pessoas frias emocionalmente tendem a evitar pedir desculpas, seja por orgulho ou por falta de conexão emocional com o erro, ou com a outra pessoa. Mesmo em situações em que estão claramente erradas, podem se recusar a reconhecer o próprio erro.

Estudos sobre orgulho defensivo e egoísmo psicológico, como o de Leary (2001), mostram que indivíduos emocionalmente frios ou distantes muitas vezes resistem a pedir desculpas por medo de parecerem vulneráveis. Esses traços também estão presentes no transtorno de personalidade narcisista e antissocial.

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